Integrantes de um grupo de estudos da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mercenários alertaram nesta terça-feira sobre o aumento do uso deste tipo de combatente em conflitos armados, e pediram que as companhias particulares de segurança, cujas atividades apresentam "muitos desafios" para os direitos humanos, passem a estar sob regulamentação internacional.
"Os mercenários representam uma ameaça não só para a segurança, como para os direitos humanos e, possivelmente, também para o direito dos povos à autodeterminação. É fundamental que os países colaborem para eliminar este fenômeno", disse a presidente do grupo de estudos, Faiza Patel.
A especialista, que apresentou para a Assembleia Geral da ONU o relatório anual do grupo de trabalho que preside, informou que "os recentes eventos na África", mais precisamente na Costa do Marfim e na Líbia, demonstram que "os problemas gerados pelo uso de mercenários ainda são vigentes".
Faiza explicou que, apesar de os mercenários serem tradicionalmente soldados contratados para lutar em um conflito ou derrubar um governo, foram usados recentemente por governos contra a população civil.
ATÉ A PRÓPRIA ONU
Segundo o relatório, na Costa do Marfim há "provas consideráveis" de que o ex-presidente Laurent Gbagbo usou 4.500 mercenários liberianos "para evitar os resultados das eleições democráticas no final de 2010".
Também na Líbia houve "a participação de combatentes estrangeiros na repressão a manifestantes pacíficos" a mando do regime de Muammar Gaddafi, pessoas que foram recrutadas em "países vizinhos africanos e no Leste Europeu", ainda de acordo com o relatório.
Na sede central da ONU em Nova York, Faiza disse à imprensa que o grupo de especialistas visitará a Costa do Marfim e a Líbia nos próximos meses para avaliar as provas relativas ao uso dos mercenários. O grupo também se mostra preocupado com as atividades "em contínua expansão" das companhias particulares de segurança, que atualmente representam "inúmeros desafios".
"Manter a segurança dos civis é uma responsabilidade fundamental dos Estados, e colocar essa responsabilidade nas mãos de companhias privadas de segurança cria riscos para os direitos humanos, por isso é necessário regulamentar suas atividades", acrescentou Faiza.
A especialista disse que o papel das companhias em lugares de conflito como Afeganistão e Iraque é "apenas a ponta do iceberg, porque elas operam em muitas outras situações, como em programas de erradicação de drogas na Colômbia".
"O impacto sobre os direitos humanos das atividades estendidas das companhias de segurança privada demonstra que elas não podem continuar operando sem uma regulamentação adequada e mecanismos que permitam a prestação de contas", acrescentou Faiza.
Segundo a especialista, não só governos usam esses serviços, mas também ONGs e até agências da ONU.
Fonte: EFE
Sr. Bueres, na verdade a participação de mercenários em conflitos mundiais é uma prática recorrente de nações imperialístas que remonta a Cartago de Aníbal com seus elefantes, exército chegados de todas as partes,do Egeu ao Egito,logrando o general importante vitória sobre Roma.O que se vê hoje é a OTAN, especialmente as nações Franco-anglo-saxônicas,lançarem mão desta estratégia para não causar indesejáveis comoções internas provocadas pela imagem antimidiática de soldados voltando para casa dentro de caixões, envoltos nas bandeiras nacionais.A bábarie apenas saltou a escala do séculos,já que esses assassinos não lutam senão pelo prazer de empunhar armas,matar,estrupar;sádicos apátridas, são alimentados pelo sangue que conseguem derramar - seja de combatentes ou civis inocentes- sem que tenham de prestar contas á nenhum governo ou tribunal instituído.A raça humana regrediu e a corrida armamentísta hoje é uma realidade posta e o Brasil quanto nova potência participará do jôgo para não correr o ríco de virar o alvo da cobiça das águias,falcões e abútres bem representantes vivos da ideologia da fôrça, que rondam suas riquesas e potencial.Parabens pelo seu blogue do qual tornei, aqui na Europa,junto com minha esposa brasileira, um leitor diário,por encontrar leitura de qualidade com a devida profundidade para melhor comprenção da nossa realidade.
ResponderExcluirProf.Dr. Bernard W.Köll Nymphenburger Verlagshandlung GmbH,Müchen