O Tribunal Regional Eleitoral do Pará cassou o mandato do deputado
federal Cláudio Puty (PT-PA) nesta terça-feira (28).
Os desembargadores
do TRE decidiram, por quatro votos a um, acatar a denúncia feita pela
Justiça Federal sobre abuso de poder político e captação ilícita de
votos.
A denúncia é de 2010 e ocorreu após a operação Alvorecer, deflagrada
pela Polícia Federal no Pará.
Segundo a relatora do processo, juíza Eva
do Amaral, a investigação policial utilizou interceptação telefônica -
autorizada pela Justiça Federal - para concluir crimes eleitorais que
englobam abuso de poder político e compra de votos.
Ainda de acordo com a juíza, o parlamentar poderá recorrer da decisão ao
TRE do Pará e posteriormente em outras esferas da justiça eleitoral, se
necessário.
Do Portal ORM
NOTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Tribunal deu razão ao Ministério Público Eleitoral, que acusou o deputado de compra de votos, abuso de poder econômico e conduta vedada nas eleições de 2010
28/05/2013 às 18h30
Por quatro votos a um, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará cassou
hoje o mandato do deputado federal Cláudio Puty (PT). O deputado foi
acusado pelo Ministério Público Eleitoral de conduta vedada, compra de
votos e abuso de poder nas eleições de 2010. Ainda cabe recurso ao
Tribunal Superior Eleitoral.
As três ações do MP Eleitoral pedindo a cassação de Puty se basearam em investigações da Polícia Federal sobre um esquema de corrupção que se instalou na Secretaria de Meio Ambiente do Pará, desarticulado durante a operação Alvorecer, em dezembro de 2010.
Várias provas, entre documentos e escutas telefônicas, demonstraram o envolvimento do então candidato no esquema. Planos de manejo madeireiro, aprovados irregularmente, eram usados pelo parlamentar como moeda de troca para apoio político e votos.
Em conversas telefônicas, vários investigados deixam explícito que os planos de manejo liberados irregularmente seriam usados como forma de obter votos. Outras provas demonstraram que o então Chefe da Casa Civil do Governo do Pará usava sua influência política para interferir diretamente na liberação das autorizações definitivas de exploração florestal. E existem ainda evidências na investigação de que grupos de fazendeiros, principalmente da região sul e sudeste do Pará, decidiram apoiar a candidatura do deputado em troca das liberações de exploração florestal.
Nos mesmos processos pelos quais Puty teve o mandato cassado, foram condenados José Cláudio Moreira Cunha, que era secretário adjunto de meio ambiente e Aníbal Picanço, Secretário de Meio Ambiente. Como não são detentores de mandatos eletivos, ambos foram multados.
Por envolvimento com o mesmo esquema, também respondem a processos eleitorais no TRE do Pará os deputados estaduais Bernadete Ten Caten (PT) e Gabriel Guerreiro (PV). A investigação criminal sobre o esquema resultou em uma ação penal com 11 réus que tramita na Justiça Federal em Belém. Apenas as provas relativas ao deputado Claudio Puty foram enviadas para a Procuradoria Geral da República em Brasília porque ele tinha direito a foro privilegiado.
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
(91) 3299-0148 / 3299-0177
ascom@prpa.mpf.gov.br
http://twitter.com/MPF_PA
http://www.facebook.com/MPFPara
As três ações do MP Eleitoral pedindo a cassação de Puty se basearam em investigações da Polícia Federal sobre um esquema de corrupção que se instalou na Secretaria de Meio Ambiente do Pará, desarticulado durante a operação Alvorecer, em dezembro de 2010.
Várias provas, entre documentos e escutas telefônicas, demonstraram o envolvimento do então candidato no esquema. Planos de manejo madeireiro, aprovados irregularmente, eram usados pelo parlamentar como moeda de troca para apoio político e votos.
Em conversas telefônicas, vários investigados deixam explícito que os planos de manejo liberados irregularmente seriam usados como forma de obter votos. Outras provas demonstraram que o então Chefe da Casa Civil do Governo do Pará usava sua influência política para interferir diretamente na liberação das autorizações definitivas de exploração florestal. E existem ainda evidências na investigação de que grupos de fazendeiros, principalmente da região sul e sudeste do Pará, decidiram apoiar a candidatura do deputado em troca das liberações de exploração florestal.
Nos mesmos processos pelos quais Puty teve o mandato cassado, foram condenados José Cláudio Moreira Cunha, que era secretário adjunto de meio ambiente e Aníbal Picanço, Secretário de Meio Ambiente. Como não são detentores de mandatos eletivos, ambos foram multados.
Por envolvimento com o mesmo esquema, também respondem a processos eleitorais no TRE do Pará os deputados estaduais Bernadete Ten Caten (PT) e Gabriel Guerreiro (PV). A investigação criminal sobre o esquema resultou em uma ação penal com 11 réus que tramita na Justiça Federal em Belém. Apenas as provas relativas ao deputado Claudio Puty foram enviadas para a Procuradoria Geral da República em Brasília porque ele tinha direito a foro privilegiado.
Ministério Público Federal no Pará
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O Gabinete do deputado divulgou :
Nota Oficial
28/05/2013 05:43
1. Hoje, 24.05, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará decidiu, por maioria, cassar o mandato de deputado federal, outorgado a mim por mais de 120.000 paraenses;
2. Respeito
a decisão judicial, todavia dela discordo, por ter sido tomada em
franca contradição com as provas colhidas no processo e tão logo esta
seja publicada, recorrerei ao Tribunal Superior Eleitoral em Brasília;
3. A
decisão foi baseada em um inquérito policial de 2010, no qual não fui
indiciado pela Polícia Federal e não respondo a qualquer ação penal dele
oriundo;
4. Nos
autos do processo, hoje julgado pelo TRE, chega mesmo a constar
declaração do delegado da PF que presidiu o inquérito, nos seguintes
termos:
“ o advogado perguntou se em algum momento da investigação existe alguma conversa/mensagem interceptada onde o investigado ou alguém em seu nome solicita qualquer tipo de bem ou apoio político para aprovação de planos de manejo perante a SEMA. A TESTEMUNHA RESPONDEU QUE NÃO.”
5. Minha
prestação de contas de campanha foi aprovada sem qualquer ressalva e
nunca fui beneficiado com qualquer recurso decorrente de tráfico de
influências junto à administração pública.
6. Continuarei
a exercer meu mandato parlamentar até quando a Justiça permitir, na
certeza de que minha inocência será plenamente esclarecida quando do
Recurso perante o TSE.
Belém, 28 de maio de 2013
CLAÚDIO ALBERTO CASTELO BRANCO PUTY
Deputado Federal do Pará
Mantida esta tendência para cassação do mandato do Puty, que foi o ex-todo poderoso chefe da casa civil durante o governo "timbotêua" da Ana Júlia,esta ação da justiça contabilizaria uma segunda derrota para a ex-governadora que, comentava-se na época,teria gritantemente privilegiado a candidatura do ex, em detrimento aos demais companheiros.Tem muito petista histórico por aí, que esta sorrindo de orelha em orelha diante do acontecimento,ou seja:por fora se dizendo solidário;por dentro sentindo-se vingado pela arrogância da ex chefe do executivo,que via na conquista deste mandato a peso de ouro de Puty uma espécie de troféu e prêmio de consolação da batalha pela reeleição que perdeu.
ResponderExcluirTá Bueres, agora me fala:e os metralhas que eram pobres bancários e hoje estariam milionários,vc não vai comentar nada???
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