“Com essa lei, querem voltar ao passado", disse Lula em evento que lembrou os 35 anos das
grandes greves do ABC.
Dia do Trabalhador terá marcha contra retirada de direitos no centro da cidade
A CUT, a CTB, a Intersindical, o MST, o MTST, a CMP, a FAF e outras importantes organizações dos movimentos social e estudantil (ver lista no final) promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora neste 1º de Maio (sexta-feira), no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política (saiba mais no http://migre.me/pDtji).
Também participarão o prefeito de São Paulo Fernando Haddad; o ex-presidente Lula; o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República, os deputados Sibá Machado, líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados; e José Guimarães, líder do governo na Câmara dos Deputados, entre outras autoridades.
A partir das 09h00 os/as trabalhadores/as e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início – às 10h00 – com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.
As marchas sairão desses três pontos:
1 – Luz – CUT, MST, PT, MTST
2 – Praça da República/Largo do Arouche – CTB, PC do B, CMP, PCO
3 – Pátio do Colégio – Bancários, FAF e Químicos de SP
Em tempo: 1º de Maio é dia de defender os direitos trabalhistas
Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas aponta que data será primeiro passo para construir bloco de esquerda
A celebração deste 1º de Maio acontece em uma conjuntura bem diferente dos últimos anos, desta vez, com a classe trabalhadora sob ataques sem precedentes aos direitos trabalhistas.
No Legislativo, a recente aprovação do Projeto de Lei 4330 pela Câmara dos Deputados, amplia a terceirização para todos os setores da empresa e rebaixa salários, direitos e conquistas.
No Executivo, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que dificultam o acesso a abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença.
Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, ressalta que a resposta a qualquer tentativa de retrocesso será a formação de um grande bloco de esquerda encabeçado pelo movimento sindical e que terá também os movimentos sociais e partidos que comunguem com a defesa da democracia, da Petrobrás e não aceitem o financiamento empresarial de campanha.
Em entrevista, o dirigente ressalta ainda que o Dia do Trabalhador é mais uma página em uma agenda de lutas nacionais como as que ocorrem em 13 de março e 15 de abril e que não têm hora para acabar. “A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento”, alerta.
Qual a diferença deste 1º de Maio para os de anos anteriores?
Vagner Freitas – Esse 1º de Maio acontece num contexto histórico em que a direita procura avançar numa visão conservadora de sociedade, preconceituosa, machista e que não leva em conta o direito das minorias e dos direitos trabalhistas. Nesse sentido, vemos o PL 4330, que significa rasgar a CLT, acabar com as férias, com a carteira de trabalho e transformar o trabalhador em alguém precarizado, que ganha menos e trabalhando mais. Por isso, o 1º de Maio será um marco da luta e da resistência dos trabalhadores para fazer o enfrentamento nas ruas contra esse projeto que unifica toda a esquerda e o movimento sindical numa batalha para não acabar com carteira assinada. No mesmo sentido, de resistência à retirada de direitos, também nos colocamos contra as MPs 664 e 665, porque retiram direitos de pensionistas, de companheiros que trabalharam e precisam do seguro-desemprego. Uma medida inoportuna, atabalhoada e que deveria ser discutida antes em um Fórum Nacional da Previdência Social.
O Congresso, que aprovou o PL 4330, também será lembrado nas manifestações desta sexta?
Vagner – Certamente. Será uma oportunidade para conversar com mais pessoas sobre o papel que assume esse Congresso conservador, financiado pelos empresários e que além de retirar os direitos trabalhistas, quer emperrar o processo de construção de uma sociedade plural que estamos construindo. Não só em relação aos direitos trabalhistas, mas também contra conquistas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a redução da maioridade penal, com ataques a medidas contra a homofobia. Este 1º de Maio será um grito pela liberdade, pela democracia e pela construção de uma sociedade menos desigual. Para isso precisamos de uma reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha, precisamos da regulação dos meios de comunicação para que tenhamos democracia e pluralidade, para que avancem pautas trabalhistas como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a regulamentação do direito de greve e negociação no serviço público, a reforma agrária. Tudo isso depende do Congresso.
Especialmente em São Paulo, o Dia do Trabalhador terá um caráter mais popular, com artistas mais engajados e uma marcha que antecederá o ato político. Por que mudou o formato?
Vagner – O 1º de Maio deste ano é parte de uma agenda de mobilizações e têm como objetivo sair pelo Brasil cantando nossas palavras de ordem e chamando à batalha os trabalhadores que não tem outra saída a não ser defender de maneira unificada seus direitos. Fundamentalmente é uma demonstração de luta e de organização com reivindicações claras, de maneira forte, clara, porque o momento é de luta. A CUT nunca perdeu suas origens, mas esse Dia do Trabalhador é diferente porque está numa conjuntura pior do que nos últimos anos. Temos o avanço de uma política conservadora que tenta consolidar a agenda negativa mesmo após elegermos uma presidenta com o compromisso social e popular. O 1º de Maio dialoga com a conjuntura que vivemos e tem a cara da CUT, que luta e adapta essa luta aos desafios que a conjuntura apresenta.
A edição deste Dia do Trabalhador também terá mais entidades ao lado da Central. A conjuntura abre possibilidades da formação de um amplo bloco de esquerda?
Vagner – O 1º de Maio será um marco inicial para unificação da esquerda brasileira, da construção de um bloco da esquerda que leve em conta sindicatos, movimentos sociais e até partidos políticos que tenham em comum o interesse da defesa da classe trabalhadora, da liberdade e da democracia. A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento. Esse bloco dará a condição para fazermos o combate e impedir ataques aos nossos direitos.
A CUT, a CTB, a Intersindical, o MST, o MTST, a CMP, a FAF e outras importantes organizações dos movimentos social e estudantil (ver lista no final) promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora neste 1º de Maio (sexta-feira), no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.
As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política (saiba mais no http://migre.me/pDtji).
Também participarão o prefeito de São Paulo Fernando Haddad; o ex-presidente Lula; o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República, os deputados Sibá Machado, líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados; e José Guimarães, líder do governo na Câmara dos Deputados, entre outras autoridades.
A partir das 09h00 os/as trabalhadores/as e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início – às 10h00 – com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.
As marchas sairão desses três pontos:
1 – Luz – CUT, MST, PT, MTST
2 – Praça da República/Largo do Arouche – CTB, PC do B, CMP, PCO
3 – Pátio do Colégio – Bancários, FAF e Químicos de SP
Em tempo: 1º de Maio é dia de defender os direitos trabalhistas
Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas aponta que data será primeiro passo para construir bloco de esquerda
A celebração deste 1º de Maio acontece em uma conjuntura bem diferente dos últimos anos, desta vez, com a classe trabalhadora sob ataques sem precedentes aos direitos trabalhistas.
No Legislativo, a recente aprovação do Projeto de Lei 4330 pela Câmara dos Deputados, amplia a terceirização para todos os setores da empresa e rebaixa salários, direitos e conquistas.
No Executivo, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que dificultam o acesso a abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença.
Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, ressalta que a resposta a qualquer tentativa de retrocesso será a formação de um grande bloco de esquerda encabeçado pelo movimento sindical e que terá também os movimentos sociais e partidos que comunguem com a defesa da democracia, da Petrobrás e não aceitem o financiamento empresarial de campanha.
Em entrevista, o dirigente ressalta ainda que o Dia do Trabalhador é mais uma página em uma agenda de lutas nacionais como as que ocorrem em 13 de março e 15 de abril e que não têm hora para acabar. “A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento”, alerta.
Qual a diferença deste 1º de Maio para os de anos anteriores?
Vagner Freitas – Esse 1º de Maio acontece num contexto histórico em que a direita procura avançar numa visão conservadora de sociedade, preconceituosa, machista e que não leva em conta o direito das minorias e dos direitos trabalhistas. Nesse sentido, vemos o PL 4330, que significa rasgar a CLT, acabar com as férias, com a carteira de trabalho e transformar o trabalhador em alguém precarizado, que ganha menos e trabalhando mais. Por isso, o 1º de Maio será um marco da luta e da resistência dos trabalhadores para fazer o enfrentamento nas ruas contra esse projeto que unifica toda a esquerda e o movimento sindical numa batalha para não acabar com carteira assinada. No mesmo sentido, de resistência à retirada de direitos, também nos colocamos contra as MPs 664 e 665, porque retiram direitos de pensionistas, de companheiros que trabalharam e precisam do seguro-desemprego. Uma medida inoportuna, atabalhoada e que deveria ser discutida antes em um Fórum Nacional da Previdência Social.
O Congresso, que aprovou o PL 4330, também será lembrado nas manifestações desta sexta?
Vagner – Certamente. Será uma oportunidade para conversar com mais pessoas sobre o papel que assume esse Congresso conservador, financiado pelos empresários e que além de retirar os direitos trabalhistas, quer emperrar o processo de construção de uma sociedade plural que estamos construindo. Não só em relação aos direitos trabalhistas, mas também contra conquistas como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a redução da maioridade penal, com ataques a medidas contra a homofobia. Este 1º de Maio será um grito pela liberdade, pela democracia e pela construção de uma sociedade menos desigual. Para isso precisamos de uma reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha, precisamos da regulação dos meios de comunicação para que tenhamos democracia e pluralidade, para que avancem pautas trabalhistas como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a regulamentação do direito de greve e negociação no serviço público, a reforma agrária. Tudo isso depende do Congresso.
Especialmente em São Paulo, o Dia do Trabalhador terá um caráter mais popular, com artistas mais engajados e uma marcha que antecederá o ato político. Por que mudou o formato?
Vagner – O 1º de Maio deste ano é parte de uma agenda de mobilizações e têm como objetivo sair pelo Brasil cantando nossas palavras de ordem e chamando à batalha os trabalhadores que não tem outra saída a não ser defender de maneira unificada seus direitos. Fundamentalmente é uma demonstração de luta e de organização com reivindicações claras, de maneira forte, clara, porque o momento é de luta. A CUT nunca perdeu suas origens, mas esse Dia do Trabalhador é diferente porque está numa conjuntura pior do que nos últimos anos. Temos o avanço de uma política conservadora que tenta consolidar a agenda negativa mesmo após elegermos uma presidenta com o compromisso social e popular. O 1º de Maio dialoga com a conjuntura que vivemos e tem a cara da CUT, que luta e adapta essa luta aos desafios que a conjuntura apresenta.
A edição deste Dia do Trabalhador também terá mais entidades ao lado da Central. A conjuntura abre possibilidades da formação de um amplo bloco de esquerda?
Vagner – O 1º de Maio será um marco inicial para unificação da esquerda brasileira, da construção de um bloco da esquerda que leve em conta sindicatos, movimentos sociais e até partidos políticos que tenham em comum o interesse da defesa da classe trabalhadora, da liberdade e da democracia. A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos enfrentamento. Esse bloco dará a condição para fazermos o combate e impedir ataques aos nossos direitos.
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