De Jean Wyllys, no facebook:
O que está acontecendo no Paraná é estarrecedor e deveria ser, agora mesmo, o foco de atenção de todos aqueles e aquelas que defendemos a democracia como forma de vida. O governador Beto Richa (PSDB) transformou hoje a cidade de Curitiba num verdadeiro cenário de guerra!
Os
professores e professoras da rede pública e outras categorias tinham se
mobilizado para protestar contra a votação de um projeto de lei do
governo estadual que pode desfinanciar o fundo estadual da previdência
dos servidores públicos (porque o governador quer usar esses recursos
dos trabalhadores para cobrir o rombo das contas públicas que sua má
gestão provocou) e o protesto, legítimo, foi reprimido de forma brutal
pela Polícia Militar sob as ordens do tucano, deixando mais de 150
feridos, dos quais alguns em estado grave.
Os e as policiais — foram mobilizados mais de 4 mil agentes — estão usando balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, cassetete, jatos de água e até cachorros que são lançados sobre manifestantes e jornalistas, que acabam sendo mordidos. Parecem cenas da época da ditadura militar!
Acabei de conversar por telefone com nosso companheiro Cesar Fernandes, do diretório municipal do PSOL de Curitiba. Ele me contou que os manifestantes foram atacados durante mais de uma hora e meia com bombas de gás lacrimogênio e existem, nos prédios que rodeiam a manifestações, franco-atiradores (!!) colocados pela polícia, que atiram com balas de borracha e acertam, em muitos casos, na cara dos manifestantes.
Bombas de efeito moral foram jogadas de helicópteros e também foi usada uma nova forma de repressão que consiste em atordoar as pessoas com um aparelho que produz um tipo de som insuportável para o ser humano. A prefeitura da Capital (não alinhada com Richa), em estado de emergência, mobilizou o sistema de saúde para atender os feridos e a OAB está colaborando com os sindicatos e movimentos sociais, porque há muitos manifestantes presos.
Um dado chocante: dezessete policiais estão presos, por ordem do governador, porque se recusaram a participar da repressão brutal contra os trabalhadores.
Parte da grande mídia, como sempre, fala em “confronto entre professores e policiais”, o que resulta em ridículo: é como falar em confronto entre o peito e a bala, entre as costas e a paulada. Como bem explica Bernardo Pilotto, ex-candidato a governador do PSOL do Paraná, de um lado há trabalhadores e do outro tem até helicópteros.
E a categoria que mais se mobilizou foi a dos professores, composta majoritariamente por mulheres e “envelhecida” pela falta de concursos públicos. Aliás, quem já participou de greves e mobilizações sabe que a violência sempre parte do lado da polícia (e, quando parece que partiu do lado dos manifestantes, geralmente trata-se de pessoas infiltradas pela própria polícia para provocá-la e depois dizer que foram “vândalos”).
Acabamos achando natural que uma manifestação de estudantes ou trabalhadores só pode terminar com cenas de violência, mas não é assim. Existem experiências em outros países (onde antes acontecia o mesmo) que provam que quando os governos mudam a política de repressão violenta dos conflitos sociais pela negociação, com o diálogo e a contenção não violenta das manifestações, com a polícia se limitando apenas a cuidar do patrimônio e a segurança das pessoas (também dos próprios manifestantes), um protesto pode sim começar e terminar em paz.
O Paraná é um bom exemplo do extremo contrário. O jeito tucano de fazer as coisas (o governo não aceitou negociar ou ceder em nada e, enquanto a polícia instalava a barbárie fora da Assembleia Legislativa, dentro votavam tudo o que ele queria) se mistura com as pretensões autoritárias do governador, que age como um ditadorzinho arrogante e violento. O resultado disso são dezenas de pessoas feridas e hospitalizadas e gás lacrimogênio até nas creches próximas ao local da repressão.
O Brasil precisa dar um basta a Beto Richa.
Os e as policiais — foram mobilizados mais de 4 mil agentes — estão usando balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, cassetete, jatos de água e até cachorros que são lançados sobre manifestantes e jornalistas, que acabam sendo mordidos. Parecem cenas da época da ditadura militar!
Acabei de conversar por telefone com nosso companheiro Cesar Fernandes, do diretório municipal do PSOL de Curitiba. Ele me contou que os manifestantes foram atacados durante mais de uma hora e meia com bombas de gás lacrimogênio e existem, nos prédios que rodeiam a manifestações, franco-atiradores (!!) colocados pela polícia, que atiram com balas de borracha e acertam, em muitos casos, na cara dos manifestantes.
Bombas de efeito moral foram jogadas de helicópteros e também foi usada uma nova forma de repressão que consiste em atordoar as pessoas com um aparelho que produz um tipo de som insuportável para o ser humano. A prefeitura da Capital (não alinhada com Richa), em estado de emergência, mobilizou o sistema de saúde para atender os feridos e a OAB está colaborando com os sindicatos e movimentos sociais, porque há muitos manifestantes presos.
Um dado chocante: dezessete policiais estão presos, por ordem do governador, porque se recusaram a participar da repressão brutal contra os trabalhadores.
Parte da grande mídia, como sempre, fala em “confronto entre professores e policiais”, o que resulta em ridículo: é como falar em confronto entre o peito e a bala, entre as costas e a paulada. Como bem explica Bernardo Pilotto, ex-candidato a governador do PSOL do Paraná, de um lado há trabalhadores e do outro tem até helicópteros.
E a categoria que mais se mobilizou foi a dos professores, composta majoritariamente por mulheres e “envelhecida” pela falta de concursos públicos. Aliás, quem já participou de greves e mobilizações sabe que a violência sempre parte do lado da polícia (e, quando parece que partiu do lado dos manifestantes, geralmente trata-se de pessoas infiltradas pela própria polícia para provocá-la e depois dizer que foram “vândalos”).
Acabamos achando natural que uma manifestação de estudantes ou trabalhadores só pode terminar com cenas de violência, mas não é assim. Existem experiências em outros países (onde antes acontecia o mesmo) que provam que quando os governos mudam a política de repressão violenta dos conflitos sociais pela negociação, com o diálogo e a contenção não violenta das manifestações, com a polícia se limitando apenas a cuidar do patrimônio e a segurança das pessoas (também dos próprios manifestantes), um protesto pode sim começar e terminar em paz.
O Paraná é um bom exemplo do extremo contrário. O jeito tucano de fazer as coisas (o governo não aceitou negociar ou ceder em nada e, enquanto a polícia instalava a barbárie fora da Assembleia Legislativa, dentro votavam tudo o que ele queria) se mistura com as pretensões autoritárias do governador, que age como um ditadorzinho arrogante e violento. O resultado disso são dezenas de pessoas feridas e hospitalizadas e gás lacrimogênio até nas creches próximas ao local da repressão.
O Brasil precisa dar um basta a Beto Richa.
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