O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é disparado, a autoridade pública em piores lençóis na Operação Lava Jato.
por Fernando Brito
É acusado de um achaque, direto, e perpetrado por um ardiloso
requerimento ao Tribunal de Contas da União, falsamente apresentado por
uma deputada aliada, que admite não saber nada sobre o tema que a fez
solicitar uma devassa nas contas da Petrobras e a fabricante de sondas
marítimas que lhe arrendava equipamentos.
No entanto, Cunha vai ao Presidente do Supremo para exigir que se
imponham os freios legais à discutível – pelo menos – competência de
Sérgio Moro para investigar detentores de foro privilegiado, como está
na lei.
Enquanto Cunha age em dias, os petistas não agem em meses.
Assistiram passivamente à manobra pré-eleitoral de fazer Alberto
Youssef dizer que “achava” que Lula e Dilma “sabiam de tudo”, um
espetáculo produzido para produzir óbvios efeitos eleitorais.
Zé Cardozo ficou brincado de “espelho, espelho meu, existe alguém
mais republicano do que eu?”, enquanto Curitiba se tornava um vazamento
direcionado como um esguicho de lama sobre o PT.
Não vai aqui nenhum juízo sobre o mérito (ou a falda de mérito, mais apropriado) das ações de Cunha.
Mas ele age e reage.
Pode até ser caso perdido, mas está lutando pela vida (política) que lhe resta.
Cunha é ousado, Moro é ousado, o MP e a Polícia federal também o são até o “limite da irresponsabilidade”.
Mas o governo e o PT continuam brincando de serem coelhinhos dóceis e assustadiços.
Depois não reclamem da caçarola…
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