Ao relembrar o suicídio de Getúlio Vargas, que
completa 60 anos neste domingo, o jornalista Janio de Freitas destaca o
papel dos meios de comunicação na tragédia; "monolíticos, a imprensa, a
incipiente TV e o rádio, mais do que se aliarem à irracionalidade, foram
seus porta-vozes sem considerar as previsíveis consequências para o
Estado de Direito".
Repórter que
cobriu a morte de Getúlio Vargas há exatos 60 anos, o jornalista Janio
de Freitas relembra, neste domingo, o papel dos meios de comunicação na
tragédia que culminou com o suicídio do político que fundou as bases do
trabalhismo no Brasil.
"Getúlio ficou indefeso, objeto de
um ódio coletivo que se propagava sem limites: monolíticos, a imprensa, a
incipiente TV e o rádio, mais do que se aliarem à irracionalidade,
foram seus porta-vozes sem considerar as previsíveis consequências para o
Estado de Direito", rememora (leia aqui).
Acusado de envolvimento, ainda que
indireto, no polêmico atentado da rua Toneleros contra Carlos Lacerda,
no Rio de Janeiro, Getúlio foi cassado sem trégua pelos meios de
comunicação.
No entanto, após o suicídio de
Getúlio, os veículos de imprensa, artífices do golpe foram também
golpeados pela população ensandecida.
A "Tribuna da Imprensa" de Lacerda
foi empastelada. A redação de 'O Globo' foi atacada, carros do jornal
foram destruídos, o 'Jornal do Commercio' teve sua oficina invadida,
vários dos 17 jornais foram alvos da massa", diz Janio de Freitas.
A atuação da imprensa como força política no Brasil vem de longe.
Brasil 247
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