Marcelo Matias Pereira, o Juiz Coxinha
por : Paulo Nogueira
Se você é de esquerda, está frito caso seja julgado pelo juiz Marcelo Matias Pereira, da 10.a Vara Criminal de São Paulo.
Se você é de direita, está tudo dominado.
Alguém falou em justiça isenta?
Duas sentenças de Pereira mostram quanto a justiça, no Brasil, virou uma coisa de louco.
Na mais recente, ele usou a expressão “esquerda caviar” para negar um pedido de liberdade de dois manifestantes presos.
Com isso, Pereira traiu não apenas seu conservadorismo tonitruante. Traiu também que é leitor e discípulo do colunista Rodrigo Constantino, autor de um livro chamado exatamente Esquerda Caviar.
É como se Rodrigo Constantino julgasse os manifestantes presos. Pior ainda: é como se Olavo de Carvalho decidisse a sorte dos jovens presos.
Não faltou apenas isenção ao juiz. Faltou também pudor. Ele não se deu ao trabalho sequer de disfarçar as motivações ideológicas por trás de seu despacho.
A primeira sentença bizarra de Pereira veio a público poucos meses atrás.
Ele conseguiu inocentar Danilo Gentilli da acusação de racismo depois que este ofereceu bananas – repito: bananas – a um internauta negro com o qual se desentendera.
Naqueles dias, o mundo se indignara com o gesto de um torcedor espanhol que jogou uma banana na direção do brasileiro Daniel Alves.
Mas as bananas de Gentilli foram consideradas inofensivas pelo juiz.
A condescendência do magistrado estimulou admiradores de Gentilli a massacrar o internauta negro com insultos raciais tão logo a sentença se tornou conhecida.
Por mais que o palavrório de Pereira buscasse confusamente argumentos, o fato é que Gentilli foi absolvido porque é de direita.
Um irmão ideológico, portanto, do juiz.
Do jeito que as coisas andam, você não vai ser condenado ou inocentado pela justiça por causa de provas, evidências e coisas do gênero.
O que vai decidir sua sorte é a ideologia de quem vai julgar você.
Se você é de direita, está tudo dominado.
Alguém falou em justiça isenta?
Duas sentenças de Pereira mostram quanto a justiça, no Brasil, virou uma coisa de louco.
Na mais recente, ele usou a expressão “esquerda caviar” para negar um pedido de liberdade de dois manifestantes presos.
Com isso, Pereira traiu não apenas seu conservadorismo tonitruante. Traiu também que é leitor e discípulo do colunista Rodrigo Constantino, autor de um livro chamado exatamente Esquerda Caviar.
É como se Rodrigo Constantino julgasse os manifestantes presos. Pior ainda: é como se Olavo de Carvalho decidisse a sorte dos jovens presos.
Não faltou apenas isenção ao juiz. Faltou também pudor. Ele não se deu ao trabalho sequer de disfarçar as motivações ideológicas por trás de seu despacho.
A primeira sentença bizarra de Pereira veio a público poucos meses atrás.
Ele conseguiu inocentar Danilo Gentilli da acusação de racismo depois que este ofereceu bananas – repito: bananas – a um internauta negro com o qual se desentendera.
Naqueles dias, o mundo se indignara com o gesto de um torcedor espanhol que jogou uma banana na direção do brasileiro Daniel Alves.
Mas as bananas de Gentilli foram consideradas inofensivas pelo juiz.
A condescendência do magistrado estimulou admiradores de Gentilli a massacrar o internauta negro com insultos raciais tão logo a sentença se tornou conhecida.
Por mais que o palavrório de Pereira buscasse confusamente argumentos, o fato é que Gentilli foi absolvido porque é de direita.
Um irmão ideológico, portanto, do juiz.
Do jeito que as coisas andam, você não vai ser condenado ou inocentado pela justiça por causa de provas, evidências e coisas do gênero.
O que vai decidir sua sorte é a ideologia de quem vai julgar você.
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