Candidato a presidente da República pelo PSDB,
Aécio Neves, relegado a um terceiro lugar nas pesquisas de intenção de
voto, vê agora, na belicosa delação do ex-diretor da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, a chance de retornar ao jogo eleitoral para valer; o
tucano expressou essa possibilidade claramente, neste domingo (7),
durante um culto evangélico, no Rio; “Vou lutar até o final, tendo como
melhores companheiras de viagem a verdade e as minhas crenças. Tenho um
projeto para o Brasil. Não quero que, daqui a quatro anos, estejamos
todos lamentando mais uma escolha equivocada”, afirmou; com o suposto
caso de corrupção, que o tucano já denominou de "mensalão dois", ele
ampliará seus ataque contra Dilma, mas não esquecerá Marina; a crise
ética surge como o trampolim de Aécio; mas ele também deve estar pronto
para apresentar ao eleitor um programa de governo consistente e
atraente; restam quatro semanas para o primeiro turno; dará tempo?
O candidato a presidente da República pelo
PSDB, Aécio Neves, relegado a um terceiro lugar (muito desconfortável)
nas pesquisas de intenção de voto, vê agora, na belicosa delação do
ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a chance de retornar ao
jogo eleitoral para valer. O tucano expressou essa possibilidade
claramente, neste domingo (7), durante um culto evangélico, no Rio de
Janeiro. Ouviu dos religiosos uma música intitulada "A Volta Por Cima",
em homenagem a ele. "Este é o tempo de dar a volta por cima. Eu vou dar a
volta por cima. O que passou, passou. Tudo que eu vivi, foi uma lição",
diz a letra da canção. Entusiasmado, Aécio disse que ainda há tempo,
nas próximas quatro semanas antes das eleições, para ele voltar
efetivamente ao páreo. Mas será que dá mesmo?
“Vou lutar até o final, tendo como melhores companheiras de viagem a
verdade e as minhas crenças. Tenho um projeto para o Brasil. Não quero
que, daqui a quatro anos, estejamos todos lamentando mais uma escolha
equivocada”, afirmou.
Com as manchetes dos jornais e a mídia eletrônica emulando até o dia
da eleição o suposto pagamento de propina para políticos por contratos
da Petrobras, que consta da delação de Paulo Roberto Costa, as duas
primeiras colocadas nas pesquisas, a presidente Dilma Rousseff (PT) e
ex-senadora Marina Silva (PSB), terão que lidar com uma agenda negativa
persistente. Dilma terá o problema maior. Mas Marina poderá ver seu
ex-companheiro de chapa, Eduardo Campos (PSB), que faleceu tragicamente
há menos de um mês, lhe dar dor de cabeça, caso surjam acusações graves
contra ele no depoimento do ex-diretor da Petrobras. Pernambuco, Estado
governador por Campos, recebeu a maior obra da estatal nos últimos anos,
a refinaria de Abreu e Lima. E é aí onde pode estar o problema.
É deste cenário de tanta indefinição que Aécio espera renascer na
disputa eleitoral. Logo que as primeiras informações vazaram na mídia, o
tucano tratou logo de gravar um vídeo no qual denominou o suposto
pagamento de propina como "mensalão 2". Mostrou assim sua intenção de
jogar a bomba no colo da primeira coloca nas pesquisas e causar as
mesmas dificuldades que o "primeiro mensalão" causou aos petistas no
passado recente.
Em cima disto, o tucano passou a cobrar que as investigações possam
ir "mais fundo" e trouxe para si a criação da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) que está investigando contratos da Petrobras. "Liderei
no Congresso Nacional toda a movimentação para a instalação da CPMI. O
que nós queremos é que a CPMI possa voltar a intimar o senhor Paulo
Roberto para que ele diga, de forma mais clara, além dos nomes já
vazados para a imprensa, como funcionava esse esquema”, afirmou Aécio.
Calibrando o discurso, o candidato disse que é preciso acabar com a
impunidade no país, processando e prendendo quem tiver usado, de forma
indevida, o dinheiro público. “Quem cometeu um desvio, independente de
qualquer partido, tem que ser punido de forma exemplar. Se tiver alguém
próximo a nós que tiver cometido desvio, que a Justiça julgue. Mas,
julgado e condenado, tem que cumprir pena”, afirmou ele neste domingo,
mostrando que o tema não será esquecido por sua campanha e deverá ganhar
o horário eleitoral já a partir de amanhã.
O assunto "mensalão" já vinha sendo usado por Aécio em seu programa.
Contra Marina. No ataque mais direto à candidata do PSB, ele lembrou, na
semana passada, que ela era filiada ao PT e ministra de Estado quando
explodiu o escândalo, mas mesmo assim continuou no mesmo lugar - sendo
petista e ministra. Agora, o tucano irá ampliar seu ataque, mirando em
Dilma, no que ele já denominou de "mensalão 2".
Resta saber se esta ação será eficiente. O "mensalão", com todos os
seus desdobramentos midiáticos, não impediu a reeleição de Lula, nem a
eleição de Dilma. É claro que um novo escândalo, como o de agora, deve
mexer com o eleitorado. Mas é preciso que Aécio se prepare para ir mais
além no debate. A crise ética é o trampolim. Mas ele deve estar pronto
para apresentar ao eleitor um programa de governo consistente e
atraente. Restam quatro semanas para o primeiro turno.
Fonte 247 -
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