Equipe desinfeta corpo de um homem encontrado quando buscava ajuda - não recebeu - na entrada do centro de tratamento do Médicos Sem Fronteiras na Libéria.
A epidemia de ebola já matou 2.793 e infectou 5.762 pessoas em cinco países na África Ocidental, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (22/09). Os três países mais afetados são Libéria, Serra Leoa (que encerrou hoje o toque de recolher para evitar a doença), e Guiné. Nigéria e Senegal vêm em seguida, com menos casos.
Responsável por cerca de 60% dos tratamentos na região, a organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) disse estar chegando ao limite da capacidade de ação.
O Comitê de Emergência da organização reafirmou que o mundo enfrenta uma "emergência de saúde pública de alcance internacional" e voltou a solicitar à comunidade internacional que faça tudo o que for necessário para deter a epidemia.
O estudo mostra que não houve mais nenhuma morte desde o levantamento da semana passada no Guiné e que o surto está "controlado" na Nigéria e no Senegal. A transmissão do vírus nos três primeiros países é constante, por isso é esperado que o número de contágios continue aumentando de forma exponencial nas próximas semanas.
A organização de saúde alertou que, ao contrário do efeito desejado, os cancelamentos de voos e outras restrições de viagens isolam os países afetados pela epidemia e prejudicam a entrada de equipes e material médico de emergência, o que pode contribuir para expandir ainda mais o vírus.
Toque de recolher
Em Serra Leoa, terminou o toque de recolher, estabelecido por três dias, para tentar controlar a expansão do vírus. Hoje, autoridades do país anunciaram que 150 novos casos de foram registrados durante o período de confinamento. Destes, 70 pessoas faleceram em decorrência da doença, como informou a agência italiana Ansa.
De sexta-feira (19/09) a domingo (21/09), cerca de 30 mil voluntários foram de casa em casa para medir a temperatura, distribuir 1,5 milhão de pastilhas de sabão e informar os cidadãos sobre as medidas para prevenir o ebola. Com 1.600 pessoas infectadas e 500 mortes, Serra Leoa é o segundo país com mais casos na região.
"No geral, a medida teve êxito. Estamos convencidos de que os problemas que enfrentávamos no início foram reduzidos. Nosso objetivo era chegar a todos os lares do país e garantir que todas as famílias tiveram acesso à informação adequada sobre o ebola", afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde, Sidi Yahya Tunis.
Apesar do efeito da medida, ela foi amplamente criticada pelos cidadãos do país e por organizações internacionais, como a MSF (Médicos Sem Fronteiras). A entidade também disse estar chegando ao limite de sua capacidade para combater o vírus.
O surto do vírus surgiu em março, em Guiné, e depois se estendeu para Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal.
Ajuda internacionalOs países europeus estão avaliando os recursos de que dispõem para ajudar a combater o ebola e planejando uma resposta coordenada ao surto, como afirmou a ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, citada pela agência Reuters.
Policiais patrulham ruas de Serra Leoa durante toque de recolher
A União Europeia prometeu 140 milhões de euros (180 milhões de dólares) para reforçar o combate ao vírus. Na semana passada, a ONU solicitou US$ 1 bilhão para combater a pior epidemia de ebola que o mundo já enfrentou.
O presidente do MSF, Loris De Filippi, disse hoje à agência Ansa que "a situação na África Ocidental é dramática. Dezenas de pessoas adoecem todos os dias e enchem as portas dos nossos centros de atendimento, mas temos que mandá-las para casa porque não temos leitos suficientes para atendê-las".
Segundo dados apresentados nesta segunda, o MSF tratou 60% dos casos da doença na África e conseguiu tratar 2.930 pessoas - das quais 1.750 estavam com ebola - e salvou 520 contaminados pela doença. A entidade também disse estar chegando ao limite da capacidade para combater o vírus.
Também hoje, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon agradeceu o governo cubano pelo envio de 165 especialistas (62 médicos e 103 enfermeiros) a Serra Leoa a pedido da organização.
TratamentoUm missionário espanhol, de 69 anos, chegou na madrugada de hoje a Madri para receber tratamento após ter sido infectado em Serra Leoa. A situação de Manuel García Viejo é grave, informou o hospital Carlos III.
Ele não deverá ser tratado com o medicamento experimental Zmapp. Isso porque as doses acabaram e não há disponibilidade delas no mundo. O Zmapp é o medicamento que mais tem apresentado eficácia na cura dos pacientes.
A epidemia de ebola já matou 2.793 e infectou 5.762 pessoas em cinco países na África Ocidental, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (22/09). Os três países mais afetados são Libéria, Serra Leoa (que encerrou hoje o toque de recolher para evitar a doença), e Guiné. Nigéria e Senegal vêm em seguida, com menos casos.
Responsável por cerca de 60% dos tratamentos na região, a organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) disse estar chegando ao limite da capacidade de ação.
O Comitê de Emergência da organização reafirmou que o mundo enfrenta uma "emergência de saúde pública de alcance internacional" e voltou a solicitar à comunidade internacional que faça tudo o que for necessário para deter a epidemia.
O estudo mostra que não houve mais nenhuma morte desde o levantamento da semana passada no Guiné e que o surto está "controlado" na Nigéria e no Senegal. A transmissão do vírus nos três primeiros países é constante, por isso é esperado que o número de contágios continue aumentando de forma exponencial nas próximas semanas.
A organização de saúde alertou que, ao contrário do efeito desejado, os cancelamentos de voos e outras restrições de viagens isolam os países afetados pela epidemia e prejudicam a entrada de equipes e material médico de emergência, o que pode contribuir para expandir ainda mais o vírus.
Toque de recolher
Em Serra Leoa, terminou o toque de recolher, estabelecido por três dias, para tentar controlar a expansão do vírus. Hoje, autoridades do país anunciaram que 150 novos casos de foram registrados durante o período de confinamento. Destes, 70 pessoas faleceram em decorrência da doença, como informou a agência italiana Ansa.
De sexta-feira (19/09) a domingo (21/09), cerca de 30 mil voluntários foram de casa em casa para medir a temperatura, distribuir 1,5 milhão de pastilhas de sabão e informar os cidadãos sobre as medidas para prevenir o ebola. Com 1.600 pessoas infectadas e 500 mortes, Serra Leoa é o segundo país com mais casos na região.
"No geral, a medida teve êxito. Estamos convencidos de que os problemas que enfrentávamos no início foram reduzidos. Nosso objetivo era chegar a todos os lares do país e garantir que todas as famílias tiveram acesso à informação adequada sobre o ebola", afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde, Sidi Yahya Tunis.
Apesar do efeito da medida, ela foi amplamente criticada pelos cidadãos do país e por organizações internacionais, como a MSF (Médicos Sem Fronteiras). A entidade também disse estar chegando ao limite de sua capacidade para combater o vírus.
O surto do vírus surgiu em março, em Guiné, e depois se estendeu para Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal.
Ajuda internacionalOs países europeus estão avaliando os recursos de que dispõem para ajudar a combater o ebola e planejando uma resposta coordenada ao surto, como afirmou a ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, citada pela agência Reuters.
Policiais patrulham ruas de Serra Leoa durante toque de recolher
A União Europeia prometeu 140 milhões de euros (180 milhões de dólares) para reforçar o combate ao vírus. Na semana passada, a ONU solicitou US$ 1 bilhão para combater a pior epidemia de ebola que o mundo já enfrentou.
O presidente do MSF, Loris De Filippi, disse hoje à agência Ansa que "a situação na África Ocidental é dramática. Dezenas de pessoas adoecem todos os dias e enchem as portas dos nossos centros de atendimento, mas temos que mandá-las para casa porque não temos leitos suficientes para atendê-las".
Segundo dados apresentados nesta segunda, o MSF tratou 60% dos casos da doença na África e conseguiu tratar 2.930 pessoas - das quais 1.750 estavam com ebola - e salvou 520 contaminados pela doença. A entidade também disse estar chegando ao limite da capacidade para combater o vírus.
Também hoje, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon agradeceu o governo cubano pelo envio de 165 especialistas (62 médicos e 103 enfermeiros) a Serra Leoa a pedido da organização.
TratamentoUm missionário espanhol, de 69 anos, chegou na madrugada de hoje a Madri para receber tratamento após ter sido infectado em Serra Leoa. A situação de Manuel García Viejo é grave, informou o hospital Carlos III.
Ele não deverá ser tratado com o medicamento experimental Zmapp. Isso porque as doses acabaram e não há disponibilidade delas no mundo. O Zmapp é o medicamento que mais tem apresentado eficácia na cura dos pacientes.
Missionário espanhol dirigia há 12 anos o hospital da cidade de Lunsar, em Serra Leoa
Hoje, no entanto, a empresa farmacêutica Tekmira Pharmaceuticals Corp
afirmou que agências reguladoras norte-americanas e canadenses
autorizaram a utilização do tratamento dela contra o ebola. O remédio,
administrado em regime de urgência em pacientes, tem sido bem tolerado,
disse a empresa. A quantidade do remédio também é limitada.
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