A atividade política de José Serra tem se resumido a se convidar para todas as inaugurações de obras estaduais em São Paulo, a aparecer sem ser convidado em eventos políticos de terceiros (como no discurso inicial de
Aécio Neves como senador) e a criar factoides políticos (como a reunião com Rui Falcão, presidente do PT, para "discutir a reforma política").
Em particular, é semelhante a reação dos que têm seu espaço invadido pela sem-cerimônia de Serra: incômodo com sua falta de educação pública e pessoal e uso frequente da palavra "penetra" para descrever seu estilo. Em todos esses movimentos, ele não representa nada, a não ser ele próprio.
No llog recém-inaugurado, é incapaz de aprofundar qualquer ponto programático que pudesse ajudar na reorganização do partido. Colheu alguns dados sobre voto distrital misto e, a exemplo do que fez na campanha com diversos temas, transformou em slogans, sem nenhum aprofundamento maior.
Todas suas manifestações ou são de um tatibitati irritante (como seus artigos "didáticos" sobre o voto distrital misto), ou agressivas (único território onde revela, de fato, seu íntimo), ou acacianas — como a observação sobre a fusão de partidos: "é discussão fora de hora". E mais não disse, pois seria exigir muito de sua capacidade analítica e sagacidade política.
Texto de Luis Nassif, em seu blog
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