Vale compra área para construção de novo terminal de minério no Pará, Estado que é o mais 'vampirizado', escandalosamente, em nível de receita pela famigerada Lei Kandir.
É a chamada "doutrina do progresso a qualquer custo", mais uma vez aviltando a mãe terra do Pará.
Será que o empreendimento transformará o pacato e belo município num inferno, oferecendo como contra partida apenas um conjunto de impactos sócio-econômicos e ambientais profundamente negativos e irreversíveis?.
Projeto do Porto do Espadarte encurtaria em 400 km a distância entre as minas e os navios; para capitanear o projeto, mineradora bateu o empresário Eike Batista e multinacionais
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Confira aqui a matéria de Carlos Mendes, especial para O Estado de S. Paulo.
BELÉM - A mineradora Vale comprou uma área de 3 mil hectares para a construção do Porto do Espadarte, em Curuçá (PA). O projeto encurtaria em 400 km a distância entre as minas de Carajás e os navios de exportação – hoje, o escoamento da Vale é feito principalmente por Itaqui (MA). Ao arrematar por R$ 10 milhões que pertencia à RDP Empreendimentos, do holandês Hendrik van Scherpenzeel, a Vale desbancou concorrentes como o empresário Eike Batista e multinacionais chinesas e americanas.
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De acordo com Mauro Neves, diretor de planejamento da Vale, o Porto do Espadarte, ainda não pode ser considerado um projeto da empresa – por enquanto, diz o executivo, trata-se de uma "oportunidade estratégica" em estudo. O período de projetos preliminares de engenharia e de viabilidade ambiental deve durar pelo menos um ano. Passada essa fase, segundo Neves, é pouco provável que a construção seja iniciada antes de 2015.
De qualquer forma, Espadarte seria uma das poucas alternativas viáveis para a mineradora expandir a logística portuária no Pará. O porto de Vila do Conde, em Barcarena, a 37 km de Belém, não tem condições de absorver a produção da Vale, pois está comprometido com a demanda da hidrovia do Tocantins, inaugurada em dezembro, que prevê um volume de 70 milhões de toneladas de carga por ano.
Capacidade
Por isso, o executivo da mineradora ressalta que o projeto de Curuçá não substituirá Itaqui – virá posteriormente, para se somar à capacidade total de escoamento da mineradora. Segundo Neves, embora nenhuma decisão definitiva sobre o porto tenha sido tomada, a empresa já antecipa que os investimentos irão além do trabalho de engenharia. Para fazer a ligação ferroviária entre as minas e Curuçá seria necessário construir um ramal ferroviário de 300 a 400 km de extensão, a partir da Estrada de Ferro de Carajás, afirma o executivo.
Neves diz que o Porto do Espadarte não entra nos planos de escoamento da Vale para os próximos cinco anos porque os investimentos feitos no terminal da Ponta do Madeira, no Maranhão, já contemplam a expansão da produção até 2015, quando a capacidade deverá estar em 230 milhões de toneladas por ano. Os investimentos da mineradora em logística devem atingir US$ 5 bilhões neste ano, dos quais US$ 1,2 bilhão será destinado ao terminal maranhense.
A área comprada pela Vale se espalha por quatro ilhas: Ipomonga, Areuá, Marinteua e Romana. O diretor de planejamento da mineradora afirma que, embora não tenha notícia de projeto semelhante no Brasil, os estudos que a companhia já dispõe apostam que o local não exigiria um projeto de engenharia muito distante dos que a mineradora já desenvolveu.
Segundo a cópia da escritura de compra e venda das ilhas obtida pelo Estado, a área é constituída de terrenos de marinha, pertencentes à União. A RDP detinha direitos de ocupação e posse das terras registradas na Delegacia do Serviço de Patrimônio da União, em Belém. A mineradora diz que o órgão registrou a transferência de posse em 25 de novembro do ano passado. "A Vale não fez nada que não esteja dentro dos trâmites legais. Por enquanto, trata-se de uma aquisição fiduciária, e não de um projeto da mineradora", diz Neves.
É uma tristeza Sr Bueres: a tormenta que irá tomar conta das nossas estradas para os principais balneários da região do salgado como: Salinópolis, Bragança, Marudá,Marapanim,Algodoal etc,serão tomadas por um enorme tráfego de veículos pesados, o que favorecerá com que aconteçam muitos acidentes de transito, ceifando a vida de muita gente,pessoas amadas,levando a dor para muitas famílias.Infelismente viramos Tubatão, acabou-se a paz... Parabéns pela matéria antecipada pelo seu blog (um pouco radical) porque, coincidente, pela sua importância, foi manchete do "Diario" no dia seguinte a sua pubicação.
ResponderExcluirMaria de Lourdes Pamplona Dias