Por Eduardo Bueres
Ficou essa impressão no Brasil, por ter sido aqui, o único local onde a legenda fracassou durante as eleições passadas, nas disputas para os governos dos estados, fato que acabou espraiando-se negativamente, contaminando outros níveis, por subtrair e desviar os votos que seguiriam normalmente para a presidência da república .
Mesmo passado o tempo, este resultado o ex-presidente Lula intimamente, não perdoa e, jamais perdoará, pelo profundo desgosto que isso lhe causou, mesmo tendo ele feito um hercúleo e muito sincero esforço para reverter esse abismo para onde foi atirado um grande sonho desenhado e depois sepultado pelos próprios companheiros petistas locais, o que somente resultou em frustração e lágrimas do companheiro.
Esse incrível conjunto de equívocos, por ter um caráter coletivo, em algum momento precisa ser encarado de frente, para que todos possam aprender a partir dos seus próprios erros, proporcionando que existam possibilidades de aprendizado a partir dos fatos e ações que os geraram.
Ignora-los, significa criar o risco de voltar a repeti-los; significa também, seguir descontrolando as metas e organicidade interna, norteadas por programas que são tradicionalmente construídos nas esquerdas baseados e sustentados através de uma dinâmica rica e viva que, somente o livre exercício e a prática do debate aberto, irrestrito e coletivo, consegue edificar.
A ausência desses valores democráticos e dogmáticos, ora proscritos no PT paraense, acompanhado de uma escamoteada porém, séria crise de direção, enfraquece perigosamente aquilo que tem que ser buscado, fortalecido e precisa estar constantemente sendo lapidado e azeitado: a unidade partidária, bem precioso que, somente consegue-se com um amplo e interrupto programa de conscientização e formação política, especialmente para os sábios mais antigos, os mais suscetíveis ao esquecimento.
Essas são as ações possíveis capazes de barrar ou inibir a incidência e continuidade de alguns fatos equivocados, como agora parece ocorrer no episodio da composição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa do estado do Pará - ALEPA...
Quando os representantes dos movimentos sociais, dos coletivos e setoriais juntamente com o conjunto da militância, com certa perplexidade e até indignação, com todo o direito que lhes cabe, perguntam-se em todo o Estado: como é possível que essa força parlamentar que representa quase um quarto do poder na casa, pode ter caído -mais uma vez- na conversa do mestre de todos os mestres felpudos, o ex-deputado Jader Barbalho, que os iludiu o quanto pode, acenando graciosamente com a possibilidade de criar um bloco composto por PT X PMDB...
Onde, quando e porque "consentiria" o grão-mestre que, o pastor Martinho Carmona, aquele que é despossuído de autonomia, disputasse para valer a presidência da Assembleia Legislativa contra o chapa branca Manoel Pioneiro, postando-se contra o que lhes é mais sagrado: pertencer ao poder ???
Essa decisão foi tomada irrefletidamente pelos parlamentares petistas, quando toda, eu disse toda, a sociedade, já sabia -será que somente eles não desconfiavam - que essa manobra tratava-se apenas, de uma cortina de fumaça, de um factóide necessário á ser usado como cacife e massa de pressão psicológica, somente enquanto o velho PMDB do raposão ultimava com o governador eleito o tamanho do seu quinhão dentro do chapão-caldeirão "de consenso" bolado pelos tucanos.
O partido dos trabalhadores no Pará que, teoricamente, representa o palácio do Planalto e a presidenta Dilma, por dever de coerência, deveria ter partido para disputar a presidência da ALEPA, não importando o resultado: a vitoria maior seria a moral, conciliadoramente programática e ideológica, referencias que andam descuidadas...
Até mesmo para honrar os 48% de votos que recebeu nas urnas em outubro de 2010, conferidos por eleitores que acreditavam e acreditam no projeto que foi apresentado pelo PT que, depois de devidamente adequado e atualizado, poderá permanecer como plataforma base para 2014, por ser zilhões de anos luz, o melhor.
Projeto importante que não merece o descrédito do eleitor - que pode ficar confuso - em troca de uma apagada 2ª vice-liderança ofertada como premio e 'cota' de adesão ao partido, cargo que será exercido pelo deputado petista Valdir Ganzer, nome aceito pelos donos do 'calderão' onde pode-se coser com a farinha do mesmo saco.
Portanto, mesmo uma derrota na ALEPA, seria mais palatável que o ato de adesismo puro e cínico que pareceu ocorrer, sem embates nem debates, nem denuncias de tentativa de engessamento amoral de um poder pelo outro, o que somente concorreu para aprofundar o horizonte de desconfiança e fritura ideológica estabelecida internamente, que precisam ser modificados..
O PT paraense precisa sair do marásmo em que se encontra e, imediatamente, partir para a oposição pontual, sem tergiversar e sem trégua, por ser a 2ª força politica mais importante do Estado e a 1ª força política do Brasil, ostentando a referencia de ser o maior partido socialísta democrático e popular do mundo ocidental e oriental.
Os petistas paraenses precisam mostrar para a sociedade que tem um lado, e que sabem perder tanto quanto ganhar, abstendo-se de praticar um tipo de "colaboracionismo útil" que, somente é favorável para as forças que o emparedam; nem tão pouco precisa valer-se de discursos esfarrapados e defensivos para justificar-se com o povo; nem comportar-se como se fosse uma organização de 5ª potencia laboral...
Ou, em 2012, sequer terá tido tempo para construir nomes referenciais e para apresentar-se para a sociedade como uma alternativa diferenciada, cenário impensável em que o afiado PSOL ou os demo-tucanos-ppssistas, ou até mesmo o PTB farão o sucedâneo de Dudu, dificultando a reconquista do poder no estado e prejudicando a fomentação de uma melhor cota no esforço de reeleição da presidenta Dilma Roussef, objetivo superior que impõe desde já que, todos façam o dever de casa, e direitinho.
O mesmíssimo PT que saiu-se vitorioso em nível nacional, seria fragorosamente derrotado caso viesse a depender exclusivamente dos votos do Estado do Pará para reeleger a presidenta Dilma em 2014.
Ficou essa impressão no Brasil, por ter sido aqui, o único local onde a legenda fracassou durante as eleições passadas, nas disputas para os governos dos estados, fato que acabou espraiando-se negativamente, contaminando outros níveis, por subtrair e desviar os votos que seguiriam normalmente para a presidência da república .
Mesmo passado o tempo, este resultado o ex-presidente Lula intimamente, não perdoa e, jamais perdoará, pelo profundo desgosto que isso lhe causou, mesmo tendo ele feito um hercúleo e muito sincero esforço para reverter esse abismo para onde foi atirado um grande sonho desenhado e depois sepultado pelos próprios companheiros petistas locais, o que somente resultou em frustração e lágrimas do companheiro.
Esse incrível conjunto de equívocos, por ter um caráter coletivo, em algum momento precisa ser encarado de frente, para que todos possam aprender a partir dos seus próprios erros, proporcionando que existam possibilidades de aprendizado a partir dos fatos e ações que os geraram.
Ignora-los, significa criar o risco de voltar a repeti-los; significa também, seguir descontrolando as metas e organicidade interna, norteadas por programas que são tradicionalmente construídos nas esquerdas baseados e sustentados através de uma dinâmica rica e viva que, somente o livre exercício e a prática do debate aberto, irrestrito e coletivo, consegue edificar.
A ausência desses valores democráticos e dogmáticos, ora proscritos no PT paraense, acompanhado de uma escamoteada porém, séria crise de direção, enfraquece perigosamente aquilo que tem que ser buscado, fortalecido e precisa estar constantemente sendo lapidado e azeitado: a unidade partidária, bem precioso que, somente consegue-se com um amplo e interrupto programa de conscientização e formação política, especialmente para os sábios mais antigos, os mais suscetíveis ao esquecimento.
Essas são as ações possíveis capazes de barrar ou inibir a incidência e continuidade de alguns fatos equivocados, como agora parece ocorrer no episodio da composição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa do estado do Pará - ALEPA...
Deputado Carlos Bordalo lider do PT |
Estrategístas: Jader Barbalho e Simão Jatene |
Onde, quando e porque "consentiria" o grão-mestre que, o pastor Martinho Carmona, aquele que é despossuído de autonomia, disputasse para valer a presidência da Assembleia Legislativa contra o chapa branca Manoel Pioneiro, postando-se contra o que lhes é mais sagrado: pertencer ao poder ???
Manoel Pioneiro |
Jader Barbalho |
Até mesmo para honrar os 48% de votos que recebeu nas urnas em outubro de 2010, conferidos por eleitores que acreditavam e acreditam no projeto que foi apresentado pelo PT que, depois de devidamente adequado e atualizado, poderá permanecer como plataforma base para 2014, por ser zilhões de anos luz, o melhor.
Projeto importante que não merece o descrédito do eleitor - que pode ficar confuso - em troca de uma apagada 2ª vice-liderança ofertada como premio e 'cota' de adesão ao partido, cargo que será exercido pelo deputado petista Valdir Ganzer, nome aceito pelos donos do 'calderão' onde pode-se coser com a farinha do mesmo saco.
Deputado Valdir Ganzer |
O PT paraense precisa sair do marásmo em que se encontra e, imediatamente, partir para a oposição pontual, sem tergiversar e sem trégua, por ser a 2ª força politica mais importante do Estado e a 1ª força política do Brasil, ostentando a referencia de ser o maior partido socialísta democrático e popular do mundo ocidental e oriental.
Os petistas paraenses precisam mostrar para a sociedade que tem um lado, e que sabem perder tanto quanto ganhar, abstendo-se de praticar um tipo de "colaboracionismo útil" que, somente é favorável para as forças que o emparedam; nem tão pouco precisa valer-se de discursos esfarrapados e defensivos para justificar-se com o povo; nem comportar-se como se fosse uma organização de 5ª potencia laboral...
Presidenta Dilma |
Esse partido caminha mesmo sem rumo.Parece que perdeu a identidade com o a cidade de Belem e com a população do estado do Pará.É muito questionável essa postura desses deputados trabalhadores de se juntar ao bloco de Jatene.Como diria um apresentador da TV: É uma vergonha!
ResponderExcluirMeu caro Bueres,
ResponderExcluirO partido é só uma ferramenta, e no caso do PT, há muito não tá servindo para operar a luta de classes. O importante é a estratégia da luta socialista.
Caro Bueres, não te deste conta, ainda, que o PT não luta mais pelo socialismo, que esse partido opera já há alguns anos tão-somente para as elites. Está na hora de acordar, não achas?
ResponderExcluirCondoreiro visitando teu blog!!
Sou filiado ao PT, mas, no momento, estou engasgado pela falta de direção, a fraqueza com que o processo sucessório foi conduzido. Com a máquina na mão, conseguimos perder para um partido que representa o que há de mais atrasado no Brasil. O PT paraense precisa sacudir,tomar novas decisões, ir para o enfrentamento para reconquistar seu espaço. Tenho muita admiração pelo João Batista, Presidente, mas tenho tudo contra o resto da diretoria, pois estes olham apenas seus interesses particulares. e João, como uma só andorinha, não faz verão. O Lula tem todo direito de estar aborrecido, com o PT paraense. Sem comentar os "luas pretas" que envolveram de uma forma a Ana Júlia que a levou ao fracasso. Os movimentos sociais, as lideranças comunitárias, a população em si, foi deixada de lado, sem vez e sem vóz. Esqueceram que o Lula, até hoje, tem os movimentos sociais ao seu lado, e que lhe garantem seu alto índice de aprovação. Infelizmente, Puty, André Farias, Marcílio, Maurílio, Botelho e Joana Pessoa, com sua tremenda arrogância, foram os coveiros de Ana Júlia. Agora o Deputado Bordalo, líder do partido, faz uma tremenda besteira, e aceita o acordo junto ao PSDB para apoiar o Pioneiro. Foi imperdoável esta atitude. Ainda que perdessémos, teríamos que ter ido á luta. Teríamos que ter apontado um candidato próprio. Mas não,. Mais uma vez, a militância não foi ouvida, os "donos do partido" fizeram esta idiotice. Mas, precisamos aprender com nossos erros. O PT paraense ainda é forte, e tem tudo para retomar seu espaço. Ainda acredito nisso, e o Lula ainda vai se orgulhar do PT paraense.
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