A Veja obteve (por que será?) o privilégio, concedido a poucos veículos do mundo inteiro, de fazer uma reportagem em Guantánamo, a prisão de estilo nazista que os EUA mantêm arrogantemente em Cuba, a despeito da promessa de Barack Obama de desativar tal monstruosidade.
Recuerdos insalubres...
A ilha caribenha é onde os estadunidenses costumam fazer, na moita, o que pegaria mal fazerem em casa.
Antes da revolução, a jogatina e as orgias dos ricaços.
Depois, os atentados contra um país livre e seus líderes, cujo ponto culminante foi a frustrada invasão da baía dos Porcos, em abril de 1961.
Finalmente, as torturas a que submete cidadãos de outras nações, sequestrados alhures sob suspeita de terrorismo.
La vitória del pueblo que lucha,invendivelmente por la libertad
Finalmente, as torturas a que submete cidadãos de outras nações, sequestrados alhures sob suspeita de terrorismo.
E, mais uma aberração (que até a Veja foi obrigada a reconhecer): os julgamentos farsescos, inquisitoriais, de cidadãos que deveriam ser considerados prisioneiros de guerra.
Os EUA os capturam como tais, mas, depois, não os julgam como tais. Chegam ao cúmulo de, mesmo que seu tribunal de exceção seja obrigado a declará-los inocentes --por pesarem conta eles unicamente as confissões arrancadas nas torturas, inaceitáveis em termos legais--, AINDA ASSIM NÃO OS LIBERTAREM!!!
Imaginem a cena, um juiz encerrando desta forma o julgamento:
"Declaro o réu inocente. Reconduzam-no à cela!"
Infelizmente, Cuba abdica da superioridade moral que colocaria cada homem justo do planeta ao lado de suas exigências de fim do embargo econômico e desativação de Guantánamo, ao agir de forma também indefensável e inaceitável.
A blogueira cubana Yoani Sánchez teve negado pela 19ª vez seu pedido de vista de saída, agora para participar de um evento cultural no Brasil.
Não é acusada de nada. Não está sendo submetida a processo nenhum. Mesmo assim, não lhe permitem ir para onde quiser e voltar quando quiser. Está confinada em seu país, como se fosse súdita de um reizinho nos tempos longínquos do absolutismo.
E ainda debocham, como fez a funcionária que lhe transmitiu a decisão absurda: "Tente quantas vezes você quiser".
Então, ao serem criticados pelo arremedo de justiça que encenam em Guantánamo, os estadunidenses poderão sempre responder: "É uma prática característica de Cuba".
Postado por Celso Lungaretti.
Náufrago da Utopia / ilustração militanciaviva
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