As prévias para a escolha do candidato do PT para a prefeitura de Belém foi uma festa bonita, pá; mas somente para o universo restrito do partido. A sociedade ficou apática e, a maior parte da militância, também não se empolgou a ponto de sair as ruas para dar seu brado
Os petistas envolvidos na disputa, até mobilizaram a militância, mas, não conseguiram despertar a velha paixão de outros tempos, o que pode ser um sinal alerta á direção local no sentido que, essa legenda no Pará, pode de acordo com o seu desempenho e postura em 2012, assumir condição de partido água: aquele que não tem cheiro, sabor e cor.
Pendências e queimação de etapas, foram às causas da não adesão ao pleito de metade dos filiados que, novamente, deixou de somar com a outra parte da militância que compareceu para votar.
Essa atrofia de entusiasmo manifestada pela falta de fé nas mudanças que poderiam estar representadas nas urnas é uma das piores reações abrigadas num conjunto de fatores que a desata, especialmente o jejum de diálogo e ausência dos necessários debates, analise e discussões que não ocorreram no tempo e no momento que deveriam, ou seja, logo após a derrota sofrida por Ana Júlia e sua governativa tendência DS, sobre as causas que levaram o nacionalmente vitorioso Partido dos Trabalhadores a ser emparedado pelos defuntos tucanos e mega-traíras de Dilma, os jardístas, nas eleições de 2010.
Não se trata aqui ao dizer sobre as necessidades desses procedimentos de evocar alguma forma de acertos de contas entre os fraternais; mas de não permitir que, apenas uma fração da grande legenda PT, representada pela Democracia Socialista (DS), mancomunada com parte da direção estadual, outorguem-se ao direito de tapar o sol com a peneira, como o fizeram até os dias de hoje. Dizer que isso não tem lógica e que não afeta a atual momento, é tentar maquiar maliciosamente a conjuntura e o quadro observado por toda a sociedade paraense.
Enganam-se redondamente, por ser hilário, quem pensa que os blogs e redes sociais são os fóruns de luz e soluções para sarar as feridas ocultas em baixo do tapete.
Eles não ajudam a conciliar o partido, já que esses espaços não permitem nem a extensão, nem o aprofundamento linear dos temas que precisam ser enfrentados com transparência e coragem entre: a direção, os dirigentes, as tendências, os militantes e simpatizantes, por tratar-se de fatos não superados no plano partidário, esclarecimentos negados á segmentos importantes que não se comovem e detestam a falta de satisfação devida, que não desejam endeusar nas urnas à ‘mesmice’ que repelem, seja na pele de Puty ou Alfredo.
Alfredo Costa levou nas urnas, mas foi Puty quem ganhou nas prévias por ter conseguido não unificar o partido em torno das diretrizes da Unidade na Luta-CNB, fortalecendo internamente a DS;esta intenção estratégica ficou bastante clara quando destronou a tese que levaria o veterano Valdir Ganzer ao posto de candidato único, chamado de ‘consenso’.O processo consolidou o deputado federal Puty como ‘o cara’, a figura dona da balança dentro da sua tendência e da legenda; de quebra, expressão maior da resistência vermelha contra o jardísmo, vitoria que ele curte na ‘moita’, em parte, graças aos ataques desferidos - surpreendentemente – pelos macacos velhos do PMDB e pelo Diário do Pará, lambanças que o ajudaram a referendar-se como ‘massa de bolo’ – aquela que, quanto mais se bate, mais cresce -.
Não houve discussão de um projeto do PT para a prefeitura fora da esfera petista que sacudisse a sociedade civil, suscitando polemica, interação ou comoção. O fato midiático gerado nas prévias não chegou a ser impactante, como deveria; ficou encapsulado apenas na disputa travada entre as duas forças, onde o projeto de governo do PT para a prefeitura da cidade ficou em segundo plano.
O evento das prévias não contribuiu para fortalecer o partido diante aos adversários que terá de enfrentar, nem o unificou.
Aguardemos os próximos lances com a bola no pé de Alfredo Costa, para ver como se dará essa reconciliação entre o PT e o seu povo no Pará.
Luiz Carlos Azedo, colunista político do jornal Correio Braziliense, publicou (27/01)
ResponderExcluir"O deputado federal Cláudio Puty (PT-PA), que disputa com o vereador Alfredo Costa a candidatura do partido à Prefeitura de Belém, conta com um adversário oculto. O senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que controla diversos meios de comunicação no estado, apoia Alfredo sem muita discrição. Quando era secretário de Governo de Ana Júlia, Puty sempre foi contrário à aliança com Jader."
Propugnamos por uma maior discussão deste projeto de Poder, debatendo-o democraticamente com os movimentos sociais e a sociedade, buscando encontrar um consenso, um diálogo positivo.
ResponderExcluirLauri do Nascimento
Recusamo-nos a acreditar que restam duas opções: silenciar e aceitar, ou juntar-se, para tentar aprofundar a discussão deste projeto. Mas não se iludam, o Poder está nos bastidores, colocando lenha nesta fornalha. Quer liquidar a fatura logo.
ResponderExcluirNão existe essa lorota de que a metade do PT.O blogueiro esta careca de saber que o voto nessa prévia não foi de cabresto,como ocorre em outras legendas que possuem donos.Aliais,Sr Boeres,isso é coisa que nem existe, já que democracia partidária nesse nível é coisa que não se tem noticia.O partido saiu unificado do processo honrando aquilo que já estava pactuado desde começo;acho que voce deveria se informar melhor que é para não confundir os seus leitores.Ou melhor: por que não te callas????
ResponderExcluirEssa fantasia do Puty de se achar o líder "resistência vermelha anti-PMDB",não passa de bravata barata,peça de marketing de um politico iniciante que lá,mais a frente,quando confrontado com a possibilidade real de fazer alianças inevitáveis para alcançar o seu segundo mandato,ou o senado (para dar vaga para Ana Júlia)entre outras ambições, será o primeiro a não ter o menor escrúpulo em beijar o anel da mão de Jader Barbalho.É só uma questão de tempo,aguardem.O professor Alfredo Costa é de longe um quadro mais equilibrado e preparado para trazer o PT para dentro do campo de poder,unificado e sem estrelismo.
ResponderExcluirNão, espera aí: analise esta ótima,tem coisa que nunca foi dita e merece algo mais que o silencio tipo "João sem braço",né?.Tudo que que foi colocado procede.Existe um buraco negro,uma caixa preta que o Puty,a DS, ou a direção do PT precisa abrir para todos.Com essa verdade sobre o resultado de 2010 enjaulada,parecendo u cadaver insepulto, é claro, dificilmente não haverá mais e mais dificuldade na construção da confiança que as pessoas precisam depositar naqueles em quem apostam.O Puty sabe disso.Ou não sabe?abrir a caixa preta das eleições de 2010,com todas as letras,para corrigir, será um gesto extraordinário e do bem, para dissipar maledicências que sugerem terem enriquecido,e muito quem participou do núcleo do governo petista passado.E a derrota?.É ou não é prejuízo????
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