por Eduardo Bueres
A despeito de suas tradições libertárias que influenciaram positivamente o mundo, a velha França da era colonial deixou para os dias de hoje um fardo de dividas e feridas abertas que nunca foram bem tratadas e saradas. Os idealizadores do estúpido, injustificável e deplorável atentado contra o Charlie Hebdo, improvisaram a imprensa como alvo estratégico para deixar escrita a sua mensagem macabra. Outras instituições poderão virar alvo. O ato é político, e visou acima de tudo, atingir o Estado francês.
Hollande visita o local do atentado em Paris, em 07.01.15.É a imagem do líder fracassado, sem força, sem personalidade e sem carisma. |
A atuação pífia de lideres do estilo de François Hollande, que se presta a colocar o seu país no papel de 'correia de transmissão' dos interesses econômicos e estratégicos das anglo potências guerreiras do ocidente, especialmente no Norte da África e Oriente Médio, coloca hoje a emblemática e bela Paris, na rota da coalizão fundamentalista que agrega o sentimento de vingança com a ira insana das nações islâmicas que se sentem ofendidos em nível territorial, moral e religioso pelos lideres francos.
Mesmo politicamente dividida como uma maçã, boa porção da população elegeu um líder de esquerda, que age de maneira confusa, como se seguisse o programa e a plataforma da direita; como se não bastasse, fizesse questão de ser subserviente aos ditames da super Alemanha unificada que, magistralmente, dominou em nível econômico - e da as ordens - a Zona do Euro, sem disparar um tiro.
A França do pós-guerra e da era do Euro, continuará sendo durante o século XXI, um país altamente contraditório e dividido bem no meio entre os que pensam com a extrema direita e os que vibram em nível eleitoral com a centro-esquerda. A verdadeira esquerda francesa, envelheceu, virou um gueto; hoje habita os cafés e contempla os outros movimentos, despossuída da antiga mítica, da força e do vigor da conspiração.
A islamofobia que varre a Europa, é uma porta aberta para a violência |
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