Em uma análise sobre o V Congresso Nacional do
partido, que ocorreu na semana passada, Breno Altman, diretor do Opera
Mundi e colunista do 247, afirma que fazer um "diagnóstico de paralisia"
sobre a sigla – na qual nada teria mudado – seria uma "versão
superficial dos fatos"; "A situação tem características mais originais e
perigosas: o PT, desde 2013, com idas e vindas, vem trilhando
elaboração estratégica que colide com decisões práticas para a ação
política", escreve o jornalista; "Com um pé na renovação estratégica e
outro na subordinação incondicional a um governo no qual não é mais
força dirigente, o PT perambula por um complexo labirinto, empurrado
pela radicalização de sua base social e puxado por uma lógica de
governabilidade que lhe virou as costas", constata; leia a íntegra de
seu artigo.
247 – Fazer um
"diagnóstico de paralisia" sobre o PT – no qual nada teria mudado –
depois do V Congresso Nacional do partido, realizado em Salvador na
semana passada, seria apenas uma "versão superficial dos fatos",
constata Breno Altman, diretor do portal Opera Mundi e editor de um blog no 247.
"A situação tem características mais originais e perigosas: o PT,
desde 2013, com idas e vindas, vem trilhando elaboração estratégica que
colide com decisões práticas para a ação política", escreve o
jornalista, em novo artigo. Leia um trecho:
Diversas resoluções partidárias, especialmente depois das
eleições presidenciais de 2014, identificam o esgotamento do modelo
econômico marcado por políticas distributivas sem reformas estruturais,
pregam por estratégia de mobilização como fator de governabilidade e
apontam para uma nova política de alianças que tenha como núcleo os
setores mais progressistas.
Vão até mais longe, como é o caso do principal documento aprovado
no V Congresso, que desenha programa com medidas para tributação e
enfraquecimento do capital rentista, além de outras reformas contra a
concentração da riqueza, da terra, do direito de comunicação, do poder
político e das oportunidades de ascensão social.
A questão é que este ponto de vista não encontra guarida nas
opções adotadas pelo governo Dilma em seu segundo mandato, colidentes
com as diretrizes partidárias..
Para Altman, o que prevaleceu "foi a noção de que o partido deve
obediência ao governo e faz votos de silêncio mesmo quando a presidente
toma decisões relevantes sem qualquer consulta efetiva à legenda". Ele
acrescenta: "todos os demais partidos da aliança podem disputar
publicamente suas posições, pressionar e negociar seus pontos de vista. O
PT, no entanto, está auto-circunscrito a funcionar como apêndice do
ministério".
Para Breno Altman, "com um pé na renovação estratégica e outro na
subordinação incondicional a um governo no qual não é mais força
dirigente, o PT perambula por um complexo labirinto, empurrado pela
radicalização de sua base social e puxado por uma lógica de
governabilidade que lhe virou as costas".
Leia aqui a íntegra do texto.
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