Para evitar o risco de identificação, as arcadas dentárias e os dedos
das mãos eram retirados. Em seguida, o corpo era embalado em saco
impermeável e jogado no rio, com pedras de peso calculado para evitar
que descesse ao fundo ou flutuasse. Além disso, o ventre da vítima era
cortado para impedir que o corpo inchasse e emergisse. À Comissão da
Verdade, contou que o destino do ex-deputado foi o mesmo rio da Região
Serrana onde foram jogados outros desaparecidos políticos:
“Rubens Paiva, calculo, morreu por erro. Os caras exageravam naquilo
que faziam, sem necessidade. Ficavam satisfeitos e sorridentes ao tirar
sangue e dar porrada. Isso aconteceu com Rubens Paiva. Deram tanta
porrada nele que, quando foram ver, já estava morto. Ai ficou o abacaxi,
o que fazer? Se faz o que com o morto? Se enterra e se conta este
negócio do sequestro”, disse.
O GLOBO
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