A data de divulgação da pena
não foi ainda fixada, mas a sentença do tribunal deverá ter, segundo
avançam os analistas políticos locais, uma consequência sem precedentes
na história de Israel: a prisão de um ex-chefe do Governo.
O polêmico processo está relacionado com o megacomplexo residencial Holyland, um ambicioso e multimilionário projeto, no sul de Jerusalém, que terá, alegadamente, sido construído à custa de regalias e luvas dadas pelos promotores a responsáveis municipais, banqueiros e altos funcionários, em uma época em que o presidente da Câmara de Jerusalém era Olmert e, posteriormente, Uri Lupolianski.
Este caso, que, nos
últimos anos, tem sido lembrado em todas as tentativas de o
ex-primeiro-ministro regressar à política, sofreu um rumo inesperado na
semana passada.
Shula Zaken, que exerceu o cargo de secretária pessoal de Olmert nos anos 90 e é uma das acusadas no processo, decidiu acusar o antigo chefe em troca de um acordo com o Ministério Público, o qual lhe garantiu apenas 11 meses de cadeia.
Com o acordo, Zaken
decidiu entregar gravações que fez às escondidas e que, alegadamente,
implicam Olmert no caso de corrupção. O antigo líder do partido Kadima –
de centro - ganhou as eleições em 2006, mas foi forçado a demitir-se em
2009 diante de acusações de corrupção em vários casos.
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