Por: Fernando Brito
O tucanismo e a incompetência dos jornais paulistas repetiu, repetiu e repetiu as explicações oficiais do Governo de São Paulo.
Explicações distorcidas, como este Tijolaço vem mostrando e detalhou hoje cedo.
Agora, não é mais um blog quem diz que o Governo paulista está agindo irresponsavelmente e escondendo as informações sobre a situação dramática do abastecimento de água da grande São Paulo.
É o Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o órgão técnico que deveria estar administrando o uso da água, que foi usurpado pela Sabesp, porque ela está agindo fora do plano de outorga que lhe dá direito a administrar as comportas das represas.
O órgão, agora há pouco, segundo o Estadão, divulgou uma nota de esclarecimento “acusando o governo do Estado e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de transmitirem “a falsa impressão” de que o problema da falta de água está controlado”.
Agora, não é mais um blog quem diz que o Governo paulista está agindo irresponsavelmente e escondendo as informações sobre a situação dramática do abastecimento de água da grande São Paulo.
É o Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o órgão técnico que deveria estar administrando o uso da água, que foi usurpado pela Sabesp, porque ela está agindo fora do plano de outorga que lhe dá direito a administrar as comportas das represas.
O órgão, agora há pouco, segundo o Estadão, divulgou uma nota de esclarecimento “acusando o governo do Estado e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de transmitirem “a falsa impressão” de que o problema da falta de água está controlado”.
O grupo, formado por engenheiros e representantes de 73 municípios
integrantes das bacias que se alimentam da águas que vertem das represas
do sistema- hoje reduzidas à metade da defluência normal, diz que a
Sabesp foi imprudente e atrasou as decisões de remanejamento das fontes
de abastecimento de água e continuou, durante a estiagem de dezembro,
janeiro e fevereiro, “retirando aproximadamente 31 m³/segundo, levando
os reservatórios a níveis abaixo de 20%, considerados altamente
críticos”.
O Governo Alckmin, que tinha o compromisso de liberar 12 m³ de água das
barragens, para que os rios possam abastecer as cidades do interior,
está soltando apenas pouco mais de 3 m³, o que está jogando o problema
da falta d´água nas costas das prefeituras.
Já não é uma questão de saber se vai faltar água em São Paulo, mas de quando vai faltar. Porque mesmo chuvas fortes, com as do início do mês, não podem resolver a situação quando o sistema atinge níveis muito críticos. São Paulo já teve 80% das chuvas previstas para março e o cantareira segue baixando, porque os reservatórios já não têm massa de água suficiente para administrar a irregularidade das afluências.
Já não é uma questão de saber se vai faltar água em São Paulo, mas de quando vai faltar. Porque mesmo chuvas fortes, com as do início do mês, não podem resolver a situação quando o sistema atinge níveis muito críticos. São Paulo já teve 80% das chuvas previstas para março e o cantareira segue baixando, porque os reservatórios já não têm massa de água suficiente para administrar a irregularidade das afluências.
É claro que se as chuvas continuarem com essa intensidade, vai melhorar,
mas isso, agora, não é um estudo climático, é uma torcida fervorosa de
todos nós. Mas a situação atual é a de que a principal barragem, a
Jaguari-Jacareí, que tem mais de 80% da capacidade do sistema já não tem
pressão sequer para mandar o máximo de água possível, porque abaixo da
cota de 829 metros sobre o nível do mar a vazão do túnel de saída perde
intensidade e não opera os 29 m³ por segundo.
Os valores mínimos de operação do Cantareira foram rebaixados em 2004, quando o então secretário tucano Mauro Arce afirmou
que com a cota 827,53 metros s.n.m representava apenas 1,6% de
acumulação. Há um mês, quando a Sabesp dizia que Jaguari-Jacareí tinha
16% de água,a represa estava na cota 826.
Agora, segundo o prórpio site da Sabesp, o volume é de 10,1% neste
reservatório, cujas saídas de água mais baixas estão na cota 818 metros.
Dificilmente há mais que três ou quatro metros de água captável na
represa.
E quanto mais se oculta a gravidade do problema da população, mais perto do desastre se fica.
Tudo o que está dito aqui está publicado. Mas parece que os jornais tratam as afirmações de Geraldo Alckmin sobre o abastecimento de água de São Paulo como aquele personagem de um antigo comercial de TV:
E quanto mais se oculta a gravidade do problema da população, mais perto do desastre se fica.
Tudo o que está dito aqui está publicado. Mas parece que os jornais tratam as afirmações de Geraldo Alckmin sobre o abastecimento de água de São Paulo como aquele personagem de um antigo comercial de TV:
Nenhum comentário:
Postar um comentário