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sexta-feira, 18 de março de 2011

CLIMA DE GUERRA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA - PIG ABAFA E MINIMIZA !

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Os conflitos que paralisaram as obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, devem comprometer o cronograma de conclusão do empreendimento.   

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Exercito acompanha e observa a situação através dos seus departamentos de informação

Perica avalia prejuízo na Jirau

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A paralisação das obras atrasarão a conclusão da Usina que está em fase  de desvio do Rio Madeira, com 95% do vertedouro pronto. A previsão de início de operação da usina seria para março do ano que vem poderá ser revista. 
Em meados de junho do ano passado, trabalhadores da usina de Santo Antônio, que junto com a usina de Jirau formam o complexo do Rio Madeira, decidiram cruzar os braços para reivindicar reajuste salarial e pagamento de horas extras. Na atual paralisação os motivos desse distúrbio ainda é uma incógnita      


O que motivou os protestos dos trabalhadores da usina Jirau?

Confira Nota do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) sobre a revolta dos operários na Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, e veja o que motivou esses trabalhadores.

Nesta semana acompanhamos a revolta dos operários na Usina Hidrelétrica de Jirau contra as empresas que controlam a barragem. Existem informações de que os mais de 15 mil operários da obra estão em situação de superexploração, com salários extremamente baixos, longas jornadas e péssimas condições de trabalho, que existe epidemia de doenças dentro da usina e não existe atendimento adequado de saúde, que o transporte dos operários é de péssima qualidade, sofrem com a falta de segurança e que mais de 4.500 operários estão ameaçados de demissão. Esta é a realidade da vida dos operários.
   
Esta situação tem como principal responsável os donos da usina de Jirau, o Consórcio formado pela transnacional francesa Suez, pela Camargo Corrêa e pela Eletrosul. As revoltas dos operários dentro das usinas tem sido cada vez mais frequentes e isso é fruto da brutal exploração que estas empresas transnacionais impõem sobre seus trabalhadores.
Há pouco tempo houve revolta na usina de Foz do Chapecó, também de propriedade da Camargo Corrêa, em 2010 houve a revolta dos operários da usina de Santo Antonio e agora temos acompanhado a revolta dos operários da usina de Jirau.

As empresas construtoras de Jirau são as mesmas que foram denunciadas em recente relatório de violação de Direitos Humanos, aprovado pelo Governo Federal, que constatou que existe um padrão de violação dos direitos humanos em barragens e de criminalização, sendo que 16 direitos têm sido sistematicamente violados na construção de barragens. Os atingidos por barragens e os operários tem sido as principais vítimas.


A empresa Suez, principal acionista de Jirau, é dona da Barragem de Cana Brava, em Goiás, e Camargo Corrêa é dona da usina de Foz do Chapecó, em Santa Catarina. Essas duas hidrelétricas também foram investigadas pela Comissão Especial de Direitos Humanos em que foi comprovada a violação. Estas empresas tem uma das piores práticas de tratamento com os atingidos e com seus operários.

Em junho de 2010, o MAB já havia alertado a sociedade que em Jirau havia indícios e denúncias, que circularam na imprensa local, de que as empresas donas da Usina de Jirau haviam contratado ex-coronéis do exército para fazer uma espécie de trabalho para os donos da usina de Jirau e não seria surpresa se estes indivíduos contratados pelas empresas promovessem ataques ou sabotagens contra os operários e atingidos, para jogar uns contra os outros e/ou criminalizar nossas organizações e sindicatos.

A revolta dos operários é reflexo desse autoritarismo e da ganância pela acumulação de riqueza através da exploração da natureza e dos trabalhadores. Prova desse autoritarismo e intransigência é que estas empresas se  negam a dialogar com os atingidos pela usina e centenas de famílias terão seus direitos negados. As consequências vão muito além disso, pois nesta região se instalou os maiores índices de prostituição e violência.

Em 2011, O MAB completa 20 anos de luta e os atingidos comemoram a resistência nacional, mas também denunciam que estas empresas não tem compromisso com a população atingida e nem com seus operários. Recebem altas taxas de lucro que levam para seus países e o povo da região fica com os problemas sociais e ambientais.


O MAB vem a público exigir o fim da violação dos direitos humanos em barragens e esperamos que as reivindicações por melhores condições de trabalho e vida dos operários sejam atendidas.

Água e energia não são mercadorias!
Coordenação Nacional


Usina de Jirau: confira abaixo, as imagens dramáticas deste conflito que deixa mais 15 mil desalojados:

A situação no ginásios de esporte do SESI  para o qual cerca de 15 mil trabalhadores da usina hidrelétrica de Jirau foram levados, após a rebelião desta semana, são consideradas caóticas. Milhares de pessoas estão fora do ginásio, em colchões improvisados e banheiros sem infraestrutura sanitária adequada. Os trabalhadores não sabem para onde vão principalmente os das empresas terceirizadas, que até o momento não recebem informações das companhias. No local, é comum ver grupos de trabalhadores com malas nas costas tentando ir para algum lugar. A Força Nacional de Segurança chegou ontem à noite a Rondônia trazendo  35 homens que foram imediatamente para o canteiro de obras da Jirau.
35 homens da Força nacional chegam a Rondônia
Depois de ouvir a Camargo Corrêa e avaliar as informações do Ministério das Minas e Energia e dos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Planalto decidiu mobilizar um contingente da Força Nacional e da Policia Federal para assumir o controle dos canteiros da construtora na usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. A presidente da República, Dilma Rousseff, acompanha a situação e pediu que a retirada e acomodação dos trabalhadores fossem feitas com segurança.

Ao todo, a empresa tem 22 mil trabalhadores envolvidos na construção da usina, uma da maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que forma o complexo hidrelétrico do Madeira junto com a usina de Santo Antônio.
Roberto Silva, gerente de Relações Sindicais e Trabalhistas da Camargo Corrêa, admitiu ao Estado que "a cidade não comporta tanta gente" e que a solução foi pagar transporte terrestre e aéreo para os trabalhadores que pedem para voltar ao estados de origem. A empresa estava usando prédios do Sesc e do Sesi para acomodar algumas centenas de operários.
A direção do consórcio da usina, o grupo Energia Sustentável do Brasil (ESBR), e o ministério decidiram que a primeira providência, depois do controle na área de segurança, é começar a reerguer os refeitórios e os alojamentos, o que viabilizaria o retorno paulatino dos trabalhadores aos canteiros. Hoje, o governo estadual e a empresa devem divulgar medidas para provar que têm o controle da área, tanto assim reverter os pedidos de demissão que muitos trabalhadores estão fazendo. Fotos: Rondoniaovivo

Cenário de guerra e destruição na Usina de Girau

Fotos: Mique Pinto/Rondoniaovivo

Lideranças operárias apelam para que as redes sociais independentes e progressistas de perfil democrata, denunciem para o mundo a gravidade da situação na região uma vez que a grande imprensa - PIG - tem o rabo preso com as grandes empreiteiras transnacionais-brasileiras que, representarem um segmento de anunciantes poderosos.

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