A traiçoeira punhalada tucana nas costas dos trabalhadores brasileirosA TRAIÇÃO E O ANTIPATRIOTISMO DOS TUCANOS, CHOCA ATÉ MESMO SEUS ALIADOS ULTRACONSERVADORES DO DEMO. |
Quebra de empreiteiras separa DEM e PSDB
De um lado, o deputado José Carlos Aleluia
(DEM/BA), um dos mais experientes do Congresso, propõe um pacto para
socorrer as grandes construtoras brasileiras, depois que o promotor
Deltan Dallagnol, da Lava Jato, propõs penalidades que somam R$ 4,47
bilhões; “Não vamos compactuar com a impunidade mas também não podemos
aceitar passivamente a quebradeira das empresas e os danos incalculáveis
que isso trará ao país. Uma empresa de construção pesada leva pelo
menos 25 anos para alcançar a maturidade. Em algumas décadas, as maiores
empreiteiras brasileiras acumularam expertise em grandes obras e uma
reputação internacional que não podem ser destruídas ", disse ele à
colunista Tereza Cruvinel; de outro, o deputado Marcus Pestana
(PSDB-MG), um dos mais próximos ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), lava
as mãos; “Só vejo uma solução, que será o ingresso das empresas
estrangeiras no setor, para substituir as empreiteiras que falirem. Isso
não é uma bandeira do PSDB. É o que a realidade vai acabar impondo”
Por Tereza Cruvinel
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), um dos mais
antigos e experientes da Câmara, está pregando uma iniciativa política,
que reúna o conjunto de forças governistas e de oposição para evitar “a
quebradeira geral” das empresas de construção afetadas pela Operação
Lava Jato. No final de semana jorraram notícias sobre o agravamento da
saúde financeira de todas elas, a começar pela OAS, que vem atrasando
pagamentos de sua dívida, e da Alumini, que já entrou em processo de
recuperação judicial. Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez
tiveram seus pagamentos suspensos pela Petrobras e já começam a vender
ativos para enfrentar a situação.
“Não vamos compactuar com a impunidade mas também não podemos aceitar
passivamente a quebradeira das empresas e os danos incalculáveis que
isso trará ao país. Uma empresa de construção pesada leva pelo menos 25
anos para alcançar a maturidade. Em algumas décadas, as maiores
empreiteiras brasileiras acumularam expertise em grandes obras e uma
reputação internacional que não podem ser destruídas porque alguns
dirigentes e juntaram com agentes políticos neste grande esquema de
corrupção. O Judiciário e o Ministério Público não têm mesmo que se
preocupar com os desdobramentos econômicos mas o Executivo e o
Legislativo têm o dever de buscar uma saída, sem que isso signifique
transigir com as punições”, diz ele.
Aleluia considera falacioso o argumento de que elas podem quebrar
porque outras empresas, menores e não envolvidas no escândalo, poderão
assumir os contratos com o setor público e executar as obras que já
começam a ser afetadas. “Além de expertise, para executar grandes obras a
empresa precisa também de musculatura financeira. Precisa ter
capacidade de pagar milhares de empregados mesmo quando deixa de receber
do órgão contratante. Precisa adquirir insumos mesmo não tendo recebido
parcelas vencidas. Pequenas empresas não podem assumir tais
responsabilidades.”
Ele compara a iniciativa necessária neste momento à que teve o
governo Fernando Henrique diante da crise sistêmica do setor bancário,
quando foi criado o Proer em 1995, que garantiu a reestruturação do
setor e seu fortalecimento para enfrentar as crises financeiras globais
que vieram nos anos seguintes.
“Reconheço que a presidente Dilma tem dificuldades para tomar uma
iniciativa desta natureza, com o PT envolvido e seu governo desgastado.
Por isso mesmo acho que as demais forças políticas precisam ter abertura
para discutir uma saída. O que proponho é: vamos sentar e conversar,
sem compactuar com a impunidade mas enxergando a gravidade da situação.”
Quem dará o primeiro passo? “Eu não sei mas estou fazendo este
chamado. Se formos esperar por soluções do TCU, da AGU e do Judiciário,
elas não virão. Eles vão cumprir seus papeis institucionais, e o colapso
virá, com todas as consequências”.
Pessimismo tucano
O PSDB também tem avaliação sombria sobre o que acontecerá ao setor
mas não enxerga espaço para qualquer tipo de solução pactuada. É o que
diz o deputado Marcus Pestana, presidente do PMDB-MG: “A situação é
mesmo gravíssima. Conseguiram criar uma crise que afeta gravemente a
Petrobrás, pode quebrar as empreiteiras, dilapidou a imagem
internacional do pais e tornou-se global, na medida em que os acionistas
estrangeiros já começam a pedir reparação pelas perdas.”.
Ele recorda que a Odebrecht tem sua dívida concentrada no BNDES mas
que outras empresas, como a OAS, devem principalmente a bancos
privados. “A crise do setor terá um efeito cascata na economia, não
ficando restrita ao setor de construção pesada. Na medida em que as
empreiteiras deixarem de honrar seus compromissos financeiros, alguns
bancos serão afetados. Fornecedores, empresas prestadoras de serviços,
parceiros em geral também serão afetados, vão falir, fechar e
desempregar.”
Sobre um acordo de natureza política para salvar as empresas ele acha
que não existe espaço. “A natureza agressiva da campanha da Dilma
fechou todas as portas para uma emergência destas. Uma presidente que
com dois meses de mandato já é uma pata manca não tem autoridade para
fazer um chamado destes”.
Tucanos querem aplicar o beijo da morte na face dos trabalhadores do Brasil |
Alguma solução. “Só vejo uma, que será o ingresso das empresas estrangeiras no setor, para substituir as empreiteiras que falirem. Isso não é uma bandeira do PSDB. É o que a realidade vai acabar impondo”.
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