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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Tapa com luvas de pelica nos chilenos: Mujica encerra mandato com chave de ouro.



Morales afirmou que "sentirá falta" de Mujica nos fóruns internacionais


Os presidentes de Uruguai e Bolívia, José Pepe Mujica e Evo Morales, formalizaram nesta quinta-feira (26/02) o acordo para outorgar uma saída para o oceano Atlântico, no porto de águas profundasque será construído no departamento uruguaio de Rocha. A reivindicação por uma saída ao mar é uma demanda histórica boliviana após o país ter perdido 400 quilômetros de praia e 120 mil de território na Guerra do Pacífico contra o Chile.
 

Em um dos seus últimos atos enquanto presidente do Uruguai, Mujica, que deixará o cargo neste
domingo (01/03), disse que é “inevitável” que a Bolívia tenha uma saída para o mar e que o
intercâmbio comercial marítimo é um “direito natural” para o desenvolvimento das nações. “Todos
os países de América do Sul necessitam desta integração para o comércio de complementariedade
para o bem do nosso povo”, disse.
A ideia é que o Paraguai, que igualmente é um país sem saída para o mar, também usufrua do porto.
“Na realidade, sonho que a humanidade caminhe não para a dissolução dos povos e nações, mas para
que cada vez as fronteiras tenham menos sentido na vida futura”, disse Mujica.



Movimentos sociais uruguaios respaldaram necessidade boliviana por uma saída ao mar. 

Uruguai atende demanda histórica e Bolívia terá saída ao Atlântico em porto de águas profundas
 

As declarações foram comemoradas por Evo Morales, que disse estar “muito feliz de poder contar com uma saída para o Atlântico”.
 
Projeto
No documento assinado ontem, o Uruguai expressa a disposição de conceder facilidades e
concessões à Bolívia para a do espaço terrestre do porto e do terminal de águas profundas que será
construído na costa atlântica do país. Para o projeto, avaliado em US$ 500 milhões, serão utilizados
recursos brasileiros por meio do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul.
Questões técnicas para o funcionamento do porto serão discutidas nos próximos meses, já sob a
gestão do presidente Tabaré Vázquez. Mas, como os países não fazem fronteira, para chegar ao
futuro porto de Rocha será necessário que caminhões bolivianos atravessem os estados brasileiros de
Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e grande parte do Uruguai ou, em outra
rota, passem por Paraguai e parte da Argentina antes de chegar ao destino.


 

Desta forma, a reivindicação boliviana para que o Chile cumpra o Tratado de 1904 e dê livre trânsito
às exportações e importações bolivianas para os portos do oceano Pacífico segue na ordem do dia. O
país também apresentou, em 2013, uma demanda na Corte Internacional de Justiça para exigir uma
decisão que obrigue o Chile a negociar “de boa fé” a restituição do acesso soberano da Bolívia ao
Pacífico.
Os chanceleres uruguaio e boliviano, Víctor Oporto e David Choquehuanca, respectivamente,
também assinaram acordos na área de mineração, e para a implementação de ações de combate à
discriminação racial e de promoção de igualdade de oportunidades nos países, além de um
memorando para a instalação de unidades de tratamento de água na Bolívia.

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