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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Aécio “não está tem aí para os que reduziram o futebol a pó”, diz Juca Kfouri




Em seu blog, Juca Kfouri, o comentarista esportivo que já havia trazido a público o constrangedor episódio em que o senador Aécio Neves teria agredido uma mulher numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio , acusou ontem à noite, em sua coluna, o candidato tucano de combater a ideia de uma ação de Estado para moralizar o futebol brasileiro, tema do qual tratei aqui.
Eis o texto:
“Aécio Neves é amigo de José Maria Marin e o homenageou, escondido, no Mineirão.
Deu-se mal porque o que escondeu em sua página na internet, Marin mandou publicar na da CBF.
Aécio também é velho amigo de baladas de Ricardo Teixeira e acaba de dizer que o país não precisa de uma “Futebras”, coisa que ninguém propôs e que passa ao largo, por exemplo, das propostas do Bom Senso FC.
Uma agência reguladora do Esporte seria bem-vinda e é uma das questões que devem surgir neste momento em que se impõe um amplo debate sobre o futuro de nosso humilhado, depauperado e corrompido futebol.
Mas Aécio é amigo de quem o mantém do jeito que está.
Não está nem aí para os que reduziram nosso futebol a pó.”
Caneladas à parte, é fato que Aécio cultiva relações intensas com a cartolagem do futebol brasileiro, ao ponto de a Folha publicar, em 2010, a satisfação de Ricardo Teixeira, ex (ex?) presidente da CBF com a eleição do mineiro para o Senado:
“O cartola viu aumentar sua influência nas articulações políticas em Brasília após a eleição de dois de seus principais aliados e a reeleição de outros três para o Senado. Teixeira assistiu a seu amigo pessoal e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB-MG) chegar ao Senado, ao lado de outro antigo aliado, o deputado federal Ciro Nogueira (PP-PI). ”
Teixeira não ficaria triste, com certeza, com a chegada de seu “amigo pessoal” à presidência.
Ou será que o nosso acadêmico Merval Pereira – tão sisudo ontem ao apoiar a posição de Aécio e dizer que é preciso “reduzir a interferência política na gestão dos clubes e da CBF” – acha que “interferência política” a favor da cartolagem pode?
Até porque ficou famosa a “bancada da bola” e bola, aqui, no Rio, tem duplo sentido.
E rola solta no futebol.

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