Torcida de colunistas era por desgaste máximo da
presidente Dilma Rousseff na entrega da taça à seleção vencedora;
revista Veja, capitaneada por Eurípedes Alcântara com Reinaldo Azevedo
em plantão permanente, e colunas de Merval Pereira e Dora Kramer, em O
Globo e no Estadão, projetaram taça saindo das mãos de Dilma para as do
argentino Lionel Messi; segundo brigada midiática, brasileiros não iriam
perdoar Dilma pelo que, para a turma de articulistas, seria visto como
humilhação; mas equipe do país vizinho, cujos torcedores conviveram em
harmonia com brasileiros, perdeu para a Alemanha; aposta errada apenas
revelou preconceito excludente; xenofobia não tem graça
247 – Por detrás de uma projeção aparentemente
inocente e divertida - o de como seria útil, para os planos da oposição,
a presidente Dilma Rousseff entregar a Copa do Mundo para o capitão
Lionel Messi, da Seleção da Argentina -, uma ala destacada da mídia
tradicional trocou os pés pelas mãos. Na ânsia de reproduzir o que
seria, para ela, não apenas uma rivalidade esportiva, mas sim um
verdadeiro desapreço do povo brasileiros pelo vizinhos argentinos, a
revista Veja, capitaneada por Eurípedes Alcântara e com o plantonista
Reinaldo Azevedo sempre a postos, fez mais uma de suas jogadas
editoriais.
Na capa desta semana, e também em post do colunista chamado de pit
bull, ficou claro o desejo da publicação de ver a presidente Dilma
Rousseff sair desgastada do Mundial. O principal momento desse viés de
baixa, mesmo depois de a Copa ter sido considerada a melhor da história,
em ampla pesquisa feita pela BBC, seria a entrega, por ela, da taça da
Copa do Mundo para o camisa 10 Lionel Messi, da seleção da Argentina.
Na mesma linha de considerar que aquele gesto seria uma suprema
humilhação, a ser cobrada nas urnas de outubro pelo povo brasileiro, os
colunistas Merval Pereira, de O Globo, e Dora Kramer, do Estadão, também
se divertiram. Eles transmitiram aos seus leitores como seria ruim para
a imagem de Dilma passar a taça para Messi.
Depois de assistirem a uma Copa pacífica, sem as manifestações
públicas e cenas de vandalismo que previam, aos colunistas restou torcer
para que o preconceito e a xenofobia prevalecessem. Não atinaram,
porém, para o fato de que esses sentimentos excludentes e
preconceituosos não estão no rol de valores de povo brasileiro.
Agora que a Copa terminou, as eleições presidenciais irão se acirrar.
Mas foi tolice querer aproveitar até o último momento um desgaste que
não veio. Os argentinos, afinal, perderam a taça para a Alemanha – e
Dilma fez a entrega ao capitão Philippe Lahm. Messi, que despertaria,
segundo as predições, novas vaias à presidente, foi eleito o melhor
jogador da competição. Outra vez, assim, a turma da aposta contra perdeu
em todas as frentes.
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