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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Fundos abutres aceitam negociar valor da dívida com Argentina



Cristina Kirchner disse na semana passada que a Argentina quer pagar credores, mas  qualificou de “extorsão” a decisão de juiz dos EUA

Os advogados dos chamados fundos abutres disseram ter a intenção de dialogar em Washington com o governo argentino a respeito do pagamento da dívida do país. Os representantes se reuniram nesta quarta-feira (02/07) com o mediador designado pelo juiz nova-iorquino Thomas Griesa e se colocaram à disposição para uma reunião sem condições prévias com o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof.
"Somos sérios no que diz respeito a negociar" e não é necessário "esperar mais uma semana” para começar as conversas. “Continuamos esperando que a Argentina empreenda algum diálogo", disseram os fundos.
Após a decisão de Griesa, a Argentina conseguiu mais um mês para negociar com esses fundos um novo valor para a dívida a ser paga. O país, no entanto, foi impedido de pagar 92% dos credores que aceitaram, com grandes reduções, as trocas de dívida feitas pelo país em 2005 e 2010. Para Griesa, o país só poderá fazê-lo quando saldasse suas obrigações com os fundos abutres.
Nesta quinta-feira (03/07), Kicillof terá uma reunião com a OEA (Organização dos Estados Americanos) para explicar aos participantes as consequências da decisão do juiz norte-americano, que prioriza o pagamento dos "fundos abutres" e não o dos credores que reestruturaram a dívida. A reunião foi convocada a pedido da Argentina e apoiada pelos membros do Conselho Permanente do organismo. Os Estados Unidos se abstiveram.
Hoje, o chanceler argentino, Héctor Timerman, se reuniu com o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, com o objetivo de definir o teor da reunião.
A presidente Cristina Kirchner, muito ativa nas redes sociais, tem evitado falar sobre o tema. Em seu Twitter, anunciou que amanhã viajará para o Paraguai, sem mais detalhes sobre os motivos da visita.
O país com a terceira maior economia da América Latina está à beira de um novo calote após uma série de decisões da Justiça norte-americana, segundo as quais o país terá que negociar com os 8% dos investidores que não quiseram participar da reestruturação da dívida e exigem o pagamento de 100% de seu valor.
Apoio



O Banco do Sul — integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, e Venezuela manifestou hoje apoio ao país sul-americano contra os fundos. “Damos apoio à República Argentina no conflito que mantém com os fundos abutres” e “ratificamos o compromisso de fortalecer a nova arquitetura financeira regional”, disse o organismo em nota.
O Itamaraty anunciou hoje que o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, irá participar da reunião de chanceleres da OEA.
De acordo com a agência Efe, o Brasil não se pronunciou de forma individual sobre o assunto, mas, fontes oficiais asseguram que a posição do país foi dada em declarações separadas emitidas pelo Mercosul, pela Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e pela Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
Os três organismos manifestaram pleno apoio à Argentina e rejeitaram a decisão do tribunal.

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