E AGORA , JOSÉ ?
Ex-presidente sacou que atrapalhar o governo Dilma Rousseff é cacifar o retorno de Lula em 2014. Entende que colocar-se contra a esterilização ética promovidas pela presidenta e dar um tiro no próprio pé. |
Tucano de bico contido FHC pede a líderes do PSDB no Congresso que esqueçam a estratégia de abrir CPI da Corrupção, enquanto Dilma diz que vai manter ações contra malfeitos .
Um 2014 sem rumo: o alto cardinalato tucano entre a cruz e a espada.Apesar disso, todos aparecem aqui trazendo no rosto uma expressão pra lá de otimista, e no brilho dos olhos um certo ar triunfante de quem nada teme. |
Para algumas lideranças tucanas, FHC está sendo educado com a presidente porque tem recebido gestos de simpatia dela desde o início do ano. Esses acenos geraram ciúmes no PT. Mas, agora, é o PSDB quem está incomodado com a lua de mel. “A oposição vai continuar fazendo oposição”, defendeu o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP). Para o parlamentar, FHC está entusiasmado com os recentes gestos da presidente, mas é preciso mostrar que a “faxina” é apenas fachada. “Não basta apenas afastar os suspeitos. É preciso puni-los efetivamente e ressarcir os cofres públicos. Um ex-diretor do Dnit (Luiz Antonio Pagot) está construindo uma casa de R$ 4 milhões. Já o ex-diretor da Valec (João Francisco das Neves, o Juquinha) comprou três fazendas depois do escândalo. Isso ninguém fala”, afirmou Duarte Nogueira.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique expressou apenas solidariedade a Dilma, mas acha difícil que essa manifestação tenha efeito prático dentro do partido.
O invejoso Alvaro dias assim,assim... tentou explicar fazendo esta leitura: |
Assinaturas
O senador paranaense acha que a CPI ainda é um dos instrumentos mais eficazes para que a sociedade “possa ter uma fotografia real do Congresso Nacional”. Dias reconhece as dificuldades que PSDB, DEM e PPS enfrentam para coletar apoio necessário para a formação de uma comissão parlamentar de inquérito. Depois de obter as 27 assinaturas para uma investigação no Senado, os oposicionistas perderam dois apoiamentos.
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O líder do governo na Câmara (foto acima) Cândido Vaccarezza (PT-SP), acredita que as declarações de Fernando Henrique Cardoso “são um problema interno do PSDB, dividido porque o governador Geraldo Alckmin aderiu ao Brasil sem Miséria a despeito das críticas feitas por José Serra”. Internamente, contudo, setores do PT alimentam a mesma rivalidade entre Lula e Dilma que assombra os tucanos. Cresce no partido os setores que sonham com o retorno do ex-presidente em 2014, saudosos dos tempos em que fazer política seria “mais fácil”. Esse grupo reclama que Dilma tem pouca habilidade e preocupação com os meandros da política, o que dificultaria o relacionamento com a base.
Paulo de Tarso Lyra
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