O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (16), em entrevista ao programa “Roda Viva”, da “TV Cultura”, que o escândalo de corrupção na Petrobras teve início na primeira gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998), que teria aberto “a porteira da corrupção ao ignorar a lei de licitação nº 8.666″, que teria facilitado a formação de cartel na petrolífera.
Em 1998, no primeiro mandato de FHC, foi publicado o decreto 2.745,
que regulamentou o regime diferenciado simplificado de contratações da
Petrobras.
“A Petrobras passou a obedecer a um regulamento próprio, que permitia
a licitação por carta-convite por empresas cadastradas previamente na
própria Petrobras. É claro que é uma desculpa até palatável, pois a
Petrobras precisa competir no mercado internacional, mas ao mesmo tempo
abriu a porteira para a corrupção, pois o diretor podia escolher quem
ele convidava e permitir que as empresas combinassem a quem se
beneficiava, as empresas podiam combinar o seu preço”, disse.
Ao tentar explicar uma declaração dada mais cedo ao jornal “El País”,
de que “a corrupção está no governo, não está no Parlamento”, Cunha
afirmou que mesmo que haja deputados investigados por crimes de
corrupção, foi o governo federal que teria dado condições para os crimes
investigados na operação Lava Jato fossem cometidos.
“Se eventualmente alguém se beneficiou, esses vão pagar, mas essa
situação não existiria se não fosse o poder Executivo, não foi o
Congresso que fez cartel”, afirmou.
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