Por: Fernando Brito
O alemão Paul Julius Reuter, com os telégrafos com que criou a Reuters, no século 19, jamais imaginaria que sua agência de notícias, hoje uma das maiores do mundo, ia tão alegremente entregar-se aos padrões brasileiros de jornalismo.
Ontem, o site da Reuters publicou uma entrevista de Fernando Henrique Cardoso culpando Lula
pelos casos de corrupção na Petrobras.
Lá no sexto parágrafo, o texto de Brian Winter, porém, citava as informações de Pedro Barusco de
Lá no sexto parágrafo, o texto de Brian Winter, porém, citava as informações de Pedro Barusco de
que o desvio de dinheiro começara no governo do tucano entrevistado.
Por distração, foi ao ar, junto do texto, uma observação do editor, semelhante àquela que andou
Por distração, foi ao ar, junto do texto, uma observação do editor, semelhante àquela que andou
frequentando os e-mail à redação da TV Globo: “Podemos tirar, se achar melhor”.
Assim, com este jeito meigo de ser.
Quando a Reuters percebeu a “mancada” correu a fazer a reedição que aparece acima deste post.
Um amigo viu e imprimiu a página e, com o texto exato, foi possível achar o resultado na varredura
Um amigo viu e imprimiu a página e, com o texto exato, foi possível achar o resultado na varredura
do Google, embora a página original já não mais esteja publicada.
Recortei da tela e apliquei na imagem para que você possa entender a estranha “reedição”, que
Recortei da tela e apliquei na imagem para que você possa entender a estranha “reedição”, que
corrige a mancada, mas não a bajulação.
Fica como mais um exemplo – de tantos e tantos – do sabujismo que a mídia adota, agora em versão
Fica como mais um exemplo – de tantos e tantos – do sabujismo que a mídia adota, agora em versão
internacional, para que o leitor – com o perdão da palavra – possa conhecer os intestinos das fábricas
de notícias.
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