O controvertido juiz Joaquim Barbosa, "repudiou" as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao julgamento do mensalão. Deveria sua excelência vir a publico, aproveitando o rancoroso desabafo, para explicar as razões do longo engavetamento do mensalão mineiro, pedra mosaica desta linhagem midiática na qual ele se muito promoveu. Em seguida explicar o porquê de manter o sexagenário ex-guerrilheiro José Dirceu encarcerado sem direito ao labor, contrariando cristalinamente parte das leis brasileiras e, ao arrepio do estatuto do Idoso.
Confira a matéria abaixo da Exame:
“Lamento profundamente que um ex-presidente da República tenha escolhido um órgão da imprensa estrangeira para questionar a lisura do trabalho realizado pelos membros da mais alta Corte de Justiça do país. A desqualificação do Supremo Tribunal Federal, pilar essencial da democracia brasileira, é um fato grave que merece o mais veemente repúdio. Essa iniciativa emite um sinal de desesperança para o cidadão comum, já indignado com a corrupção e a impunidade, e acuado pela violência. Os cidadãos brasileiros clamam por justiça”‘, afirmou.
Relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa disse que a tramitação do processo foi “absolutamente transparente”.
“Pela primeira vez na história do tribunal, todas as partes de um processo criminal puderam ter acesso simultaneamente aos autos, a partir de qualquer ponto do território nacional, uma vez que toda a documentação fora digitalizada e estava disponível na rede.”
O ministro acrescentou que as cerca de 60 sessões consumidas com o julgamento foram públicas, com transmissão ao vivo pela TV Justiça.
“Os advogados dos réus acompanharam, desde o primeiro dia, todos os passos do andamento do processo e puderam requerer todas as diligências e provas indispensáveis ao exercício do direito de defesa.”
Ele afirmou que a acusação e a defesa tiveram mais de quatro anos para trazer ao STF as provas de seus interesses.
“O juízo de valor emitido pelo ex-chefe de Estado não encontra qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade de compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome.”
Também Fernando Henrique Cardoso se manifestou. Ele disse, em entrevista divulgada pelo Jornal do SBT, que Lula precisa “virar a página” em relação ao episódio, e que se trata de um jogo político e eleitoral.
“Ele disse isso a mim, em uma viagem que fizemos até a África. ‘Vou demonstrar que o mensalão não existiu’. Olha, vira a página, não vai adiantar nada. Ninguém vai acreditar que não existiu, todo mundo sabe que existiu. Acho que é um jogo verbal, uma versão que ele quer passar”, disse o tucano.
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