Separatistas pró-Rússia na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, proclamaram a independência da região nesta segunda-feira, intensificando a pior crise entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.
A declaração foi feita depois de manifestantes pró-Moscou terem tomado, no domingo, prédios do governo em três cidades do leste: Donetsk, Kharkiv e Luhansk.
A ação foi classificada pelo governo ucraniano como mais uma tentativa da Rússia de semear a inquietação para legitimar uma possível invasão e divisão da Ucrânia.
O distúrbio em Donetsk começou quando cerca de 120 manifestantes pró-Moscou tomaram as instalações da administração regional na noite de domingo, exigindo a realização de um referendo para anexar a região à Rússia – assim como foi feito com a Crimeia no mês passado.
“Buscando criar um Estado popular, legítimo e soberano, eu proclamo a criação do Estado soberano da República Popular de Donetsk”, afirmou o manifestante. De acordo com a agência de notícias Interfax, o grupo de separatistas disse que pretende realizar um referendo sobre a questão até 11 de maio.
No mesmo vídeo, o homem pede a ajuda do presidente russo, Vladimir Putin, caso o governo da Ucrânia resista à separação. “No caso de uma ação agressiva por parte das autoridades ilegítimas de Kiev, vamos apelar para a Federação Russa trazer um contingente de paz”, afirmou o homem para cerca de 2 mil manifestantes que cercavam o prédio – alguns deles, armados.
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