Justiça bloqueia bens de irmão do senador Zezé Perrella, na foto acima com o amigão e aliado Aécio Neves.
O poderoso Alvimar Perrela |
Alvimar Perrela é acusado de fraudar licitações para alimentação de presos em Minas.
A Justiça determinou o bloqueio dos bens de Alvimar Perrela, irmão do senador Zezé Perrella. O ex-presidente do Cruzeiro e mais 14 pessoas são acusados de fraudar licitações promovidas pela Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social) de 2009 até meados de 2012.
Segundo o Ministério Público, participaram das fraudes a empresa Stillus Alimentação Ltda., principal fornecedora de alimentos para presos no Estado, Alvimar, dois sócios e um advogado, que era encarregado de inscrever, representar e ofertar lances para as outras empresas, escolhendo aquelas que seriam vencedoras nas licitações. Era dada preferência à Stillus nos contratos mais vantajosos.
O MP destaca que houve ocultação de irregularidades na execução dos contratos por parte de dois servidores da Secretaria de Defesa Social. Eles eram responsáveis pela fiscalização dos contratos e não realizavam a supervisão pela promessa de pagamento de vantagens indevidas.
A ação civil pública também cita o então diretor administrativo do presídio de Três Corações, que também não fiscalizava o fornecimento de alimentação para os presos. Como vantagens, eram oferecidos aos réus ingressos para jogos, brindes, presentes e convites para acompanhamento de delegação de time de futebol.
O juiz Carlos Donizetti Ferreira da Silva aceitou o pedido para bloquear os bens dos réus e argumentou que, após auditoria interna, o Estado de Minas Gerais concluiu que ocorreu, além de inconformidades na prestação de serviços, “o desinteresse de vários fornecedores em apresentar proposta e disputar sessão de lances do pregão, denotando o indício de ajuste prévio” entre as empresas.
Para o magistrado, a conduta dos réus é séria e impõe a utilização de medida para assegurar de modo adequado e eficaz o integral e completo ressarcimento da lesão ao Estado. Ao todo, R$ 81 milhões em bens imóveis foram bloqueados para "garantir a execução da sentença em caso de condenação judicial por suspeita de formação de cartel, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro" no fornecimento de alimentação a presídios em Minas Gerais.
Fonte: R7
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