Um projeto inovador que está revolucionando o tratamento dos resíduos sólidos nas cidades onde já foi implantado foi apresentado pelo prefeito de Candeias do Jamari, Dinho Sousa, ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, na última segunda-feira, 20. Trata-se da usina de processamento de lixo que já está em utilização nas cidades de Unaí (MG) e Lagarto (SE).
Com a usina o lixo, além de ser reciclado, é também usado para gerar energia. A tecnologia, 100% brasileira, mais precisamente sergipana, prevê ainda a instalação de uma termelétrica que necessita no mínimo de três toneladas para produzir 2 MW/h (megawatt/hora), daria para levar luz uma cidade com 30 mil habitantes, ou 10 mil moradias.
“Como Candeias não tem condições de sozinha suprir a usina, viemos com o prefeito Roberto Sobrinho propor uma parceria para a instalação da usina que seria utilizada pelos dois municípios”, afirmou o prefeito Dinho Sousa. Ele firmou ainda que o projeto terá custo zero para as duas prefeituras, pois como o retorno do investimento é imediato (cerca de três meses após a usina entrar em operação) ele seria bancado pela iniciativa privada.
Ao ter conhecimento do projeto, Dinho Sousa, determinou que os secretários municipais Daniel Oliveira (Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente) e Alcimar Casal (Educação) fosse até a cidade de Lagarto para obter mais informações. Os dois retornaram entusiasmados com a iniciativa.
“Esse é um empreendimento que por si só, se paga e é a solução definitiva para essa questão do lixo urbano. E nessa parceria que estamos propondo a Porto Velho, o que se quer e a exclusividade da destinação do lixo da capital para alimentar a usina, sem prejuízos as entidades dos catadores de lixo, porque o projeto já prevê uma parceria com esse pessoal. Nas cidades onde já está funcionando, a lucratividade das associações e cooperativas de catadores aumentou em cerca de 50%”, afirmou o secretário Alcimar Casal.
Como funciona
Parte dos resíduos sólidos coletada é levada no caminhão até a usina. O lixo é despejado num silo, do jeito que foi retirado pelos lixeiros e transportado em uma esteira até o autoforno, onde é carbonizado a uma temperatura que pode chegar a 800oC - tudo é mecanizado, sem contato manual.
O lixo não entra em contato com o fogo, ficando isolado em um tanque de aço. Por isso, não há combustão durante o processo de carbonização. É possível carbonizar três toneladas de resíduos por hora. O lixo não é queimado, é aquecido",
Um destilador acoplado ao forno dá forma líquida ao gás que sai do lixo carbonizado. Do líquido, é possível extrair: óleo vegetal, alcatrão, lignina e água ácida. Todas essas substâncias podem ser aproveitadas pelo mercado - desde a indústria química à de cosméticos. O óleo vegetal, uma vez limpo, mais 10% de álcool, já é o biodiesel, que pode ser utilizado em automóveis.
Resíduos de origem animal e vegetal são desidratados e depois se desintegram para formar uma massa de carvão. Essa massa é compactada em toras, que servem de combustível para o próprio forno.
O que não vira um novo produto dentro da usina, pode virar fora dela. É o caso de produtos de origem mineral. Objetos de vidro, ferro, lata, alumínio saem limpos e sem os rótulos de origem. Prontos para serem transformados em novos bens de consumo.
Na visita ao prefeito de Porto Velho, o prefeito Dinho Sousa (PV) estava acompanhado dos Vereadores de Porto Velho Cláudio carvalho Líder do governo na Câmara, Vereador DJ Moises (PV), Marcelo Reis (PV), Presidente da Câmara Eduardo Rodrigues (PV) e dos secretários municipais de Candeias Alcimar Casal e Daniel Oliveira. Texto: Shyley Saíssem
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