Blogs e jornais de grande circulação estão publicando números falsos sobre os conflitos fundiários no Pará. Esses números procuram contestar a associação entre conflitos fundiários e o Governo Jatene, feita pela propaganda televisionada do PT, no Pará e comentada, no dia de ontem, em todo o país. Porém, o fato é que se trata de uma associação correta de idéias, ainda que lamentável.
O números, reais de mortes no campo, fornecidos pela Ouvidoria Agrária Nacional, são os seguintes:
ANO Nº Mortes P Conflito Fundiário2003 192004 042005 042006 052007 052008 022009 012010 07
A Ouvidoria Agrária também relata que outras 9 mortes no campo podem ter ocorrido, no Pará, em 2004. E que, em 2005, podem ter havido outras 11 mortes, além das 4 relatadas.
Esses números significam que, entre 2003 e 2006, durante o primeiro governo Jatene, ocorreram 32 mortes por conflito fundiário. Um número que, na verdade, pode ser elevado para 52, conforme investigações que não foram concluídas no devido tempo.
Se considerarmos que foram 32 mortes, ainda assim é mais que o dobro das mortes ocorridas quando o PT governou o estado. Não é o tipo de comparação que se deva fazer, mas são números reais.
Fala-se, por aí, dos dados da Comissão Pastoral da Terra. Ora, é preciso ler os relatórios da CPT. Eles mencionam, sempre, dois valores distintos: o número de mortes violentas ocorridos em assentamentos rurais e o números de mortes ocorridas em assentamentos decorrentes de conflitos fundiários. São coisas diferentes.
Sempre tem um canalha tentando falsear os números.
Ah, e tem outra coisa que precisa ser dita: Durante o governo do PT nenhum inquérito deixou de ser aberto, nenhuma morte decorrente de conflito fundiário deixou de ser investigada. Todas elas constituem processo em curso.
Em vez de falar bobagem, o governo Jatene deveria é ir trabalhar.
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