"Situação é degradante", diz CPMI
Em diligências e audiência pública no Pará, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga a violência contra as mulheres no Brasil considerou degradante o atendimento no Estado.
A CPMI constatou a péssima situação e o total abandono do Centro de Reintegração Feminina, único presídio feminino do Pará e número insuficiente de delegacias e de unidades especializadas no atendimento as mulheres na Capital e no interior.
A CPMI verificou, ainda, a fragilidade das políticas específicas para indígenas e quilombolas e excesso de processos nas três varas da violência doméstica e familiar.
O Estado, comandado pelo governador tucano Simão Jatene possui 144 municípios, é o segundo em extensão territorial do País e tem apenas 13 delegacias especializadas no atendimento às mulheres (uma na Capital e 12 no interior). Paragominas, com 48 mil habitantes, é a cidade onde mais se mata mulheres no Brasil.O município ocupa a primeira colocação entre as 100 cidades mais violentas do País onde vivem mais de 26 mil mulheres. A taxa de homicídios é de 24,7. O Pará é o 4º estado em assassinatos de mulheres, com taxa de homicídios de 6,1 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 4,6.
Com exceção da delegacia de Belém, todas as demais não funcionam à noite e nem aos finais de semana, admitiu a delegada Cristiane Lobato, diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis, ao prestar esclarecimentos à CPMI, na Assembleia Legislativa do Pará.
Segundo ela, faltam servidores para que as delegacias especializadas atendam à noite e aos finais de semana.
Blog do Poter
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