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Os 4 maiores cineastas: Alfred Hitchcock, o inglês injustiçado
Sir Alfred Hitchcock é um dos mais notáveis cineastas da história por
uma série de fatores, que incluem sua capacidade incomparável de criar
suspense, suas aparições escondido em cada um de seus filmes, suas
famosas frases como “ator deve ser tratado como gado”.
Entre
suas técnicas mais copiadas, estão o uso de sombras para gerar
apreensão no espectador e, principalmente, o uso da trilha-sonora para
contribuir nas sensações, sobretudo as de tensão.
Alfred nasceu em 1899 na cidade de Leytonstone, Reino Unido, o
segundo filho de uma família severa de origem irlandesa. Era obeso,
tímido e tinha um relacionamento conturbado com seus pais.
Aos 15 anos, com a morte do pai, foi morar em Londres. Lá, começou a
trabalhar na Henley’s, uma fábrica de cabos, fios e materiais de
borracha. Hitchcock desenhava os anúncios da companhia – e depois passou
a editar uma revista interna, onde ele escrevia contos.
Durante
esse período, Hitchcock se interessou por fotografia e cinema. Em 1919,
passou a desenhar capas de filmes e acompanhar filmagens até ter sua
primeira oportunidade como co-roteirista do filme “Backguard”, de Graham
Cutts, lançando em 1924.
Hithcock era especialmente interessado pelos cineastas
expressionistas alemãos, e acompanhou diversas filmagens, o que em pleno
pós primeira guerra não era fácil. Um filme em especial o impressionou e
influenciou: “The Last Laugh” de F. W. Murnau. Hitchcock, degundo diria
mais tarde, usou muitas técnicas que viu Murnau aplicando nas
filmagens.
Em 1925, a Gainsborough Pictures convidou Hitchcock a dirigir seu
primeiro longa-metragem, “The Pleasure Garden”. Não foi o sucesso
esperado, mas rendeu ao diretor a chance de fazer um novo filme, “The
Mountain Eagle”. Este, também foi um fracasso.
Em sua alegada última chance, o diretor encontrou o embrião do estilo
e da linguagem que o tornariam imortal. O filme é o suspense “O
Pensionista” (1927), sobre Jack, o estripador. Este sim, um grande
sucesso.
Hitchcock
então se casou com sua assistente de direção, Alma Reville, e teria um
grande momento com seu próximo filme, “Chantagem e Confissão”, o
primeiro filme com audio lançado no Reino Unido, onde Hitchcock poderia
experimentar com a trilha-sonora, e os efeitos psicológicos que ela pode
gerar nos espectadores.
Durante os anos 30, Hitchcock trabalhou em 12 filmes, incluindo “O
Homem Que Sabia De Mais” e “A Dama Oculta”, até que em 1939, em busca de
expansão na capacidade técnica de seus filmes, o diretor se mudou para
uma Hollywood ainda a caminho de ser o maior pólo cinematográfico do
mundo.
Sua estréia nos EUA foi com o filme “Rebecca, a Mulher Inesquecível”
(1940), baseado no romance gótico de Daphne Du Mauriner de mesmo nome.
Foi um grande sucesso.
A partir de então, Hitchcock emplacou hit atrás de hit, incluindo
“Interlúdio” (1946), “Janela Indiscreta” (1954), “Um Corpo Que Cai”
(1958), “Intriga Internacional” (1959) e o mais famoso de todos eles,
“Psicose” (1960).
Hichcock é costumeiramente considerado a maior entre tantas injustiças cometidas pelo academia americana de cinema – ele jamais ganhou um Oscar como melhor diretor, apenas um Oscar honorário em 1968. Mas esta não é sua única lacuna em premiações. Ele jamais ganhou um grande prêmio pela direção de um filme. Cannes, Veneza, Globo de Ouro, Bafta, jamais reconheceram seu trabalho.
Alfred Hitchcock morreu em 1980, aos 80 anos, sem jamais ter sido reconhecido pelas grandes premiações – mas amplamente aclamado pela humanidade.
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