Protestos forçam Mursi a abandonar palácio presidencial no Egito
Cercado por milhares de manifestantes em torno do palácio presidencial, no Cairo, o presidente do Egito, Mohamed Mursi, decidiu deixar nesta terça-feira (04/12) a sede do governo, de acordo com a agência Reuters. O Ministério do Interior emitiu uma nota negando o fato.
Em comunicado, um responsável da segurança egípcia assegurou que o presidente deixou o palácio apenas após o seu expediente normal. E não houve confirmação, até a noite de hoje (04/12), de que ele teria abandonado o governo.
Respondendo ao chamado de líderes da oposição no Egito, milhares de manifestantes compareceram nesta terça-feira a marchas contra o decreto que expande os poderes do presidente e contra o projeto da nova Constituição do país.
Ainda de acordo com a Reuters, ao menos oito pessoas ficaram feridas no protesto, onde centenas de pessoas tentaram remover barreiras de arame farpado e soltaram fogos de artifício contra agentes de segurança.
A polícia respondeu com bombas de som, granadas de gás lacrimogêneo e tropas de choque e tenta dispersar a multidão aglomerada em frente à residência oficial da presidência.
Mais cedo, jornais e emissoras no Egito cumpriram a promessa de entrar em greve em protesto contra o decreto de Mursi. Ao menos 12 diários não circularam e cinco canais de TV prometeram ficar fora do ar na quarta-feira. Centenas de jornalistas se reuniram em frente à sede do sindicato da classe no Cairo, em ato contra o governo islamista.
Análise de conjuntura
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