Da folha:
O mapa de votação do distritão mostra que 13 integrantes da bancada
do PMDB votaram contra os propósitos de Eduardo Cunha, entre eles o
relator da reforma na comissão especial, Marcelo Castro (PI).
Castro foi desautorizado publicamente pelo presidente da Câmara após
se manifestar contra o distritão. Ele chegou a ser acusado por Cunha de
falta de inteligência política ao propor a redução do mandato dos
senadores.
Após ser destituído da função de relator e ver a comissão encerrar os
trabalhos sem votar um relatório, Castro disse que Cunha, até então seu
aliado, agiu de forma autoritária e desrespeitosa. Nesta terça,
distribuiu um panfleto no plenário contra o distritão.
Segundo análise de deputados momentos após a divulgação do resultado,
pesou na larga derrota de Cunha o atropelo na comissão da reforma
política. De acordo com esses parlamentares, vários políticos que
pensavam em votar a favor do distritão mudaram o voto após o presidente
da Câmara liderar a articulação para enterrar a comissão, que ameaçava
aprovar propostas diversas das suas.
“Não vamos fazer a reforma política por culpa dele. O grande
responsável pelo fracasso da reforma política que a sociedade pediu foi o
presidente da Câmara, que quis impor a sua própria reforma”, afirmou o
deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Um dos integrantes do PMDB que votou contra Cunha, o deputado
Darcísio Perondi (RS) disse que votou por sua cabeça. Mas ressaltou que
Marcelo Castro é um deputado muito querido no partido, sinalizando a
insatisfação gerada na legenda pela fritura pública do então relator da
reforma política.
(…)
“O distritão praticamente acaba com os partidos, encarece as campanhas e mata os novos candidatos”, afirmou o peemedebista..
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