Helder Barbalho |
por Eduardo Bueres
Na ausência de um nome crível, novo e forte no PT paraense, que possa vir à disputar com real chance de vitória a prefeitura de Belém em 2016, especialistas apostam na reedição, para o ano que vem, da forte coligação articulada durante as eleições passadas para o governo do Estado, quando o pmdbista Helder Barbalho à frente de um grande arco de alianças, tendo o Partido dos Trabalhadores como principal aliado, chegou a derrotar no primeiro turno a azeitada máquina e$tadual, pilotada por Simão Jatene do PSDB.
A escolha do conservador e separatista Lira Maia, DEM PA, como companheiro de chapa, foi considerado uma péssima escolha de Helder |
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Helder que já foi prefeito de Ananindeua, dormitório e curral eleitoral estratégico, campeão em índice de violência urbana e baixo IHD, que faz parte da região metropolitana de Belém, detém o segundo maior colégio eleitoral do Pará; neste município acumulou ali um sopro importante de experiência administrativa, mas ganhou mais e melhor musculatura política e certa projeção nacional, ao assumir o cargo de ministro da pesca.
Dilma cumpre o acordo e nomeia Helder ministro da pesca |
A nomeação para o importante cargo em Brasília, teria sido previamente 'amarrada' bem antes das eleições, por Jader Barbalho e Dilma Rousseff, com a imprescindível e pragmática intermediação de Lula, como um prêmio de consolação em caso de derrota ao governo em 2014.
Esta indicação, como todos o sabem, nunca foi muito bem digerida pelo alto clero do PMDB nacional; as raposas felpudas tinham outros planos e outros nomes.
Belém do Pará |
Possivelmente, essa candidatura de Helder em 2016, esteja relacionada a emblemática comemoração dos 400 anos de fundação de Belém, capital do Pará, afinal essa plano de passagem pelo Palácio Antonio Lemos, o colocaria no centro de todas as discussões e contemplaria o curso e o previsível progresso da carreira política do sucessor político de Jader, que já exerceu o cargo de vereador, deputado e prefeito metropolitano; que esta em franco avanço e não vai parar até conseguir fechar o ciclo dos seus objetivos que, por analogia são nesta na ordem: ser prefeito, depois governador, depois, bem depois, senador, no lugar do pai.
Caso essa candidatura se concretize, algumas hipóteses a favorecem como: a reconhecida capacidade organizativa do PMDB; a disponibilidade do império midiático RBA, que envolve TV, Jornal, Rádio AM e FM; organização com forte penetração nas populosas e sofridas áreas de periferias, arraial maior do eleitorado da capital; grupo que retransmite o sinal da Rede Bandeirantes, que se esforça para se identificar cada vez mais com o clamor e bandeiras de lutas classistas, sindicais e movimentos sociais, antes primazia do PT, entre outras demandas oriundas das camadas mais populares; que se ocupa em despejar durante o ano inteiro toneladas de críticas ácidas, diuturnamente, fustigando e desqualificando as administrações tucanas, tudo em nome da sagrada causa.
Após quebrar a tradição das bandeiras vermelhas e amarelas,ou seja, da disputa bipolar que anteriormente ocorria entre petistas e tucanos, Helder e o seu PMDB, mais aliados, especialmente os ultra-super-pragmáticos do PT, reúnem todas as condições de chegar ao poder.
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