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terça-feira, 19 de maio de 2015

Beto Hitler não recua e amplia guerra de estermínio contra a classe dos professores


Há soldados armados, mas a luta dos professores brasileiros é justa e vai continuar

Paraná 247 – A reunião realizada entre o governo do Paraná e representantes dos professores da rede pública estadual, nesta terça-feira 19, terminou, mais uma vez, sem acordo. O governo manteve a proposta de reajuste salarial de 5%, enquanto a categoria pede aumento 8,17% para compensar a reposição da inflação. Os grevistas estão de braços cruzados desde o dia 25 de abril, uma paralisação que afeta mais de 1 milhão de alunos.
"Nossa indignação só aumenta. O governo, reunido com o chefe da Casa Civil [Eduardo Sciarra], o secretário da Fazenda [Mauro Ricardo Costa] e o líder do governo [o deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB)], não tem proposta. Na nossa avaliação, não há como aceitar porque não se sabe quando vão pagar", disse, após o fim do encontro, Marlei Fernandes de Carvalho, uma das representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
Hoje, cerca de 10 mil pessoas voltaram às ruas de Curitiba em defesa do reajuste de 8,17%. Servidores estaduais ameaçam greve geral no Estado a partir de hoje e pedem "Fora, Richa!". Segundo Marlei, sete universidades estaduais, além dos professores da educação básica, estão parados. As demais categorias devem definir, em assembleia, se aderem à paralisação.
O governo do Paraná ainda não se pronunciou sobre a reunião de hoje. Anteriormente, o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, disse que o governo já estava no limite da lei de responsabilidade fiscal e da disponibilidade financeira do estado. "Estamos fazendo um esforço extraordinário para garantir esse índice de reajuste num momento em que a economia dá sinais concretos de recessão e aumento do desemprego", afirmou.
Deputados ameaçam aprovar reajuste de 8% à revelia

Na Assembleia Legislativa, onde a maioria tem votado com Richa, os deputados também dizem estar no limite e cresce a tendência de se aprovar uma emenda ao projeto do Executivo que concede o aumento reivindicado pelos professores, de 8%, mesmo que seja inconstitucional e atrapalhe as contas do Estado. "A CCJ diz que é inconstitucional, mas está surgindo uma outra visão", diz um governista, segundo reportagem do jornal Gazeta do Povo.
Outro governista disse ter falado "com oito deputados que votam com o governo" e que "todos disseram que estão no limite. Não têm como comprar mais uma briga, pegar mais um rabo de foguete. Ninguém está falando em pedir liberação de emendas, nada. Simplesmente, dizem que não votam esse projeto".
Um terceiro parlamentar da base acredita que "alguém" no governo terá o bom senso de rever o projeto. "Quando eles entenderem que a base vai fazer a emenda, eles vão mandar o projeto desse jeito, com 8%, nem que seja parcelado. Eles não vão querer perder no plenário", declarou um peemedebista. Os deputados reclamam de, até agora, não terem conseguido iniciar seu mandato, precisando se esconder da população com tantos problemas.

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