Chega ao fim uma semana para o PSDB esquecer para
sempre; na quarta-feira, o governador paranaense Beto Richa promoveu um
massacre contra professores em Curitiba, que envergonhou o Brasil e
repercutiu na imprensa mundial; do presidente nacional do partido,
senador Aécio Neves (PSDB-MG), não se ouviu um mísero comentário, o que
despertou indignação até no Globo, em que Jorge Bastos Moreno falou em
"silêncio ensurdecedor" e Ricardo Noblat resumiu tudo com um "perdeu,
playbou"; Aécio preferiu fazer companhia, no Primeiro de Maio, ao sempre
"elegante" Paulinho da Força, que chamou a presidente Dilma Rousseff de
"desgraçada"; além disso, duas denúncias, uma da Folha e outra de
Época, contra Lula e João Santana, foram desmontadas em menos de cinco
segundos; para completar o quadro grotesco, o jovem Kim Kataguiri,
pretenso líder do Movimento Brasil Livre, que promoveria o impeachment
de Dilma, decidiu mostrar a bunda flácida a um repórter que queria
questioná-lo; é, deu merda.
247 -
O PSDB, partido que sonhava com o impeachment da presidente Dilma
Rousseff, terminou a semana ao som de 25 mil pessoas, no estádio Couto
Pereira, em Curitiba, gritando "Fora Richa" (confira aqui).
Um fecho melancólico para os
tucanos, que foram incapazes de se solidarizar aos professores agredidos
pela Polícia Militar do governo Richa, no último dia 22.
Um mutismo eloquente que ecoou até
entre colunistas do jornal O Globo. Jorge Bastos Moreno, em seu blog,
criticou o "silêncio ensurdecedor" de Aécio Neves (PSDB-MG), presidente
nacional da legenda (confira aqui). Ricardo Noblat, por sua vez, foi direto ao ponto no artigo "Perdeu, playboy" (leia aqui).
A violenta repressão policial aos
professores envergonhou o Brasil, ganhou as páginas e telas da imprensa
internacional e revelou a dificuldade do PSDB de se colocar ao lado ou
em defesa de movimentos sociais. No Primeiro de Maio, o senador Aécio
desfilou ao lado do deputado Paulinho da Força (SD-SP), que, com a
tradicional elegância, chamou a presidente Dilma de "desgraçada".
Distante do povo, os tucanos
poderiam contar, como sempre, com o apoio dos meios de comunicação. E,
neste fim de semana, dois tiros de canhão estavam previstos: um contra o
ex-presidente Lula, outro contra o marqueteiro João Santana.
O problema é que as duas denúncias
não ficaram 30 segundos de pé. A de Época, sobre um suposto lobby de
Lula no BNDES em favor de empreiteiras, entra para o anedotário da
imprensa brasileira (leia aqui).
A da Folha foi rebatida, de forma extremamente competente, pelo próprio
João Santana, que exigirá retratação da Polícia Federal (leia aqui).
Bom, sendo assim, restam as
manifestações. Mas o mico da semana foi dado por Kim Kataguiri, líder do
chamado Movimento Brasil Livre, que organiza as passeatas pelo
impeachment. Confrontado com uma simples tentativa de entrevista de um
repórter, ele mandou a foto de sua bunda por email (confira aqui).
É, pelo jeito, deu m...
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