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quarta-feira, 14 de março de 2012

Crime ambiental na Amazônia é praga que não acaba - operação combate a exploração de castanheiras centenárias

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A impunidade e a falta de firmeza e a brandura do código florestal incentiva os éco-criminosos
Uma operação conjunta do Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fiscalizou no início deste mês explorações ilegais de madeira em áreas de floresta amazônica no entorno da Reserva Biológica Tapirapé, na Serra dos Carajás, a 200 km de Marabá, no sudeste do Pará. 

Operação combate a exploração de castanheiras  (Foto: Leonardo Tomaz/ Ibama)
As autoridades não possuem estruturas nem planejamentos adequados para fazer frente ao tamanho do desafio imposto pelos  poderosos criminosos de colarinho branco e bolso verde que exploram e exportam as florestam para a UE e USA.
Na ação, os agentes ambientais aplicaram cerca de R$ 195 mil em multas, apreenderam um caminhão, um trator e 55 m3 de castanheiras-do-Pará já serradas (o equivalente a dois caminhões cheios), além de identificar mais de 30 hectares de florestas danificadas pela derrubada ilegal da espécie, que é ameaçada de extinção e protegida por lei contra o corte.

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A exploração criminosa de madeira na Amazônia é facilitada pela frouxidão das leis brasileiras, onde dificilmente os quadrilheiros ambientais vão parar na cadeia.

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As castanheiras da Amazônia que demoram séculos para crescer e dar frutos, são derrubadas em dez minutos
 Denúncias de moradores da região levaram os fiscais ao Projeto de Assentamento Cupu, a cerca de 10 Km da Rebio Tapirapé, onde foi confirmada a exploração de castanheiras em cinco lotes. Um caminhão carregado com 13 m³ de madeira já serrada da espécie protegida e um trator-esteira foram apreendidos no local. A madeira e os veículos foram doados à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá e à Prefeitura de Itupiranga.

Os assentados envolvidos nas derrubadas de castanheiras foram autuados em R$ 5 mil por cada hectare de floresta danificado e tiveram as áreas de exploração ilegal embargadas. Uma serraria e uma carvoaria na Vila São Pedro, envolvidas na receptação da madeira extraída do assentamento, também foram multadas. No pátio das empresas, o Ibama apreendeu 42 m3 de castanheira serrada, 40 m3 de resíduos da espécie (galhos e sobras de serraria) e 36 mdc de carvão vegetal. Os produtos florestais foram doados à Escola Municipal de Itupiranga.
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“A perda de maquinário, madeira, as autuações e os embargos atingiram o crime ambiental na fonte onde as castanheiras eram exploradas e na serraria que comercializava a madeira roubada; cercamos toda a cadeia da atividade ilegal”, disse o coordenador da operação, Leonardo Tomaz, da Divisão de Fiscalização do Ibama em Marabá.
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A operação Soberania contou com a participação de homens da Polícia Militar do Pará e guardas da Floresta Nacional de Carajás. 
(UOL/Ascom Ibama)
 A SÓRDIDA AGRE$$ÃO PERMANENTE AO  DELICADO EQUILÍBRIO DA NOSSA PÁTRIA VERDE

 

Castanheira-do-Brasil: Espécie ameaçada de extinção

Ao longo das minhas postagens vou está apresentando algumas das espécies ameaçadas de serem extintas. A primeira escolhida faz parte da lista de espécies da flora ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente,  que é a Castanheira-do-Brasil,  conhecida também, como castanheira-do-pará, que produz as apreciadas castanhas do pará, podendo possuir outros nomes dependendo da região.

A extinção
O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema.
O nome científico da castanheira é Bertholletia excelsa,  é uma árvore alta e bela, nativa da Amazônia. Ela pode ser encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro entre outros.

A principal causa para o risco de sua extinção é o desmatamento. No Brasil, castanhais são derrubados para a construção de estradas e barragens, para assentamentos de reforma agrária e para a criação de gado.
Como são as castanheiras
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As castanheiras-do-Brasil normalmente atingem entre 30m e 50m de altura e de 1m a 2m de diâmetro. É uma das espécies mais altas da Amazônia. Há registros de castanheiras que alcançaram 50m de altura e mais de 5m de diâmetro.
Seu tronco é reto e os galhos se concentram na parte mais alta da árvore. A casca é acinzentada, e as folhas, que ficam acima da copa das outras árvores, têm de 20cm a 35cm de comprimento.
As castanheiras dependem de um ambiente intocado para sua reprodução. Suas flores só são polinizadas por alguns tipos de insetos, que são atraídos por orquídeas que vivem perto das árvores de castanha. Se as orquídeas ou os insetos são mortos, as castanheiras não dão frutos.
O fruto da castanha leva mais de um ano para amadurecer, é mais ou menos do tamanho de um coco e pode pesar 2kg. A casca é muito dura e abriga entre 8 e 24 sementes, que são as apreciadas castanhas.
Caso não sejam devoradas por roedores, micos ou humanos, as sementes demoram de 12 a 18 meses para germinar. Muitas delas são plantadas por cutias, que roem os frutos até abrir a dura casca, comem algumas das sementes e enterram as outras para comer mais tarde. As sementes esquecidas pelas cutias brotarão da terra no ano seguinte para começar os 500 anos de vida de uma nova castanheira-do-Brasil.



Fonte: WWF Brasil
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