Max Weber |
"O
critério da ética da convicção é geralmente usado para julgar as ações
individuais, enquanto o critério da ética da responsabilidade se usa
ordinariamente para julgar ações de grupo, ou praticadas por um
individuo, mas em nome e por conta do próprio grupo, seja ele o povo, a
nação, a Igreja, a classe, o partido etc. Poder-se-á também dizer, por
outras palavras, que, à diferença entre moral e política, ou entre ética
da convicção e ética da responsabilidade, corresponde também à
diferente entre ética individual e ética de grupo."
(Norberto Bobbio, Política como ética de grupo, in Dicionário de Política)
"O
partidário da ética da responsabilidade, [...] contará com as fraquezas
comuns dos homens (pois, como dizia muito procedentemente Fichte, não
temos o direito de pressupor a bondade e a perfeição do homem) e
entenderá que não pode lançar a ombros alheios as conseqüências
previsíveis de suas próprias ações. Dirá, portanto, “essas conseqüências
são imputáveis à minha própria ação”.
(Max Weber, Ética da convicção e ética da responsabilidade) "Não é possível conciliar a ética da convicção e a ética da responsabilidade, assim como não é possível, se jamais se fizer qualquer concessão ao princípio segundo o qual os fins justificam os meios, decretar, em nome da moral, qual o fim que justifica um meio determinado [...] Com efeito, todos esses objetivos que não se conseguem atingir a não ser através da atividade política – onde necessariamente se faz apelo a meios violentos e se acolhem os caminhos da ética da responsabilidade – colocam em perigo a “salvação da alma”.
(Max Weber, idem)
Na ética da convicção seguimos valores ou princípios absolutos – tais como não matar, não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção é sempre mais importante do que o resultado concreto das nossas ações. É a ética da moralidade do indivíduo.
Niccolò Machiavelli |
Quem não entende a ética da responsabilidade não pode entender a ação política. Partidos na oposição frequentemente fingem que ignoram essa realidade e fazem uso de um discurso calcado em uma ética de convicção ou de valores. Uma vez no poder, são obrigados a se adequar à realidade e a abandonar o discurso da convicção.
Para a ética da responsabilidade, maquiavélica ou weberiana, serão morais as ações que forem úteis à comunidade, e imorais aquelas que a prejudicam, visando apenas interesses particulares.
qual a posiçao do autor frete as duas possibilidades?
ResponderExcluirBom anônimo (a) tímido(a).Não da para falar pelo autor,mas penso que ambas estão certas e, ao mesmo tempo, erradas, dependendo da visão de quem a produz.
ResponderExcluirObrigado pela visita e volte sempre a este que é um dos melhores blogs da Amazônia brasileira e do Brasil.
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