O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

terça-feira, 6 de março de 2012

JUSTIÇA PARAENSE - DESEMBARGADORAS SÃO ALVO DE DENUNCIA

http://www.luispablo.com.br/wp-content/uploads/2011/09/Eliana-Calmon-abriu-a-crise-quando-apontou-a-exist%C3%AAncia-de-%E2%80%9Cbandidos-de-toga%E2%80%9D-e1317296769752.jpg
A ministra Eliana Calmon abriu crise quando denunciou a existencia de bandidos de toga

Duas desembargadoras - uma aposentada e outra ainda na ativa - serão alvo hoje de duas ações de improbidade administrativa impetradas pela Promotoria de Defesa do Patrimônio e da Moralidade Administrativa do Ministério Público do Estado.
Desembargadoras são alvo de denúncia (Foto: )
 Albanira Bemerguy, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado e do Tribunal Regional Eleitoral, teria liberado pagamento de mais de R$ 600 mil a um advogado, mesmo depois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter anulado sentença condenatória a pedido do Banpará. 

Já a desembargadora Maria Edwiges Miranda Lobato teria mandado soltar um criminoso cujo advogado era seu irmão e colocado em liberdade o megatraficante “Dote”.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgte8crw-oEmAS34WZFqOJQpsPyXcCE2bBu8rFgpQdPvUoDmVF2noqnuuOyCWGPP5o4gh7SaQ0ez_E-harbRRZ1pUOYoRb8fbzNQI32txwI9zpDGh0PF6sS7c9kPRrsnGCBZeVGrtndZwJO/s1600/desembarg+Maria+Edwirges+lobato.jpg
Maria Edwiges Miranda Lobato
Nelson Medrado, responsável pela ação de Albanira Bemerguy, diz que em 2008 a desembargadora, na qualidade de presidente do TJ-PA, liberou um precatório no valor de R$ 611.432,31 em favor de um advogado numa ação de indenização movida já transitada em julgado contra a Prefeitura de Belém. “Os autores ganharam a ação no primeiro grau, no valor de R$ 3 milhões. Ocorre que no segundo grau esse valor pulou para R$ 21 milhões. A prefeitura não aceitou, entrou com uma ação rescisória acatada pelo STJ, que proibiu qualquer tipo de pagamento”, detalha Medrado.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho7FUovo-sfR6T27fKiKVx80y9zzIx_pvyxQNyHB4nqykSZw74njJBJkU1Mo7vGkCrHpb5fWaWv2THVoKwyMIQOwZQI-zeHdxbZZId0aAC7AUjwT2xjc0FoY8ACNrZIcaKojDC9GKY9K2n/s1600/NELSON+MEDRADO+1.jpg
Promotor Nelson Medrado
Os mais de R$ 600 mil liberados pela desembargadora aposentada referem-se a honorários advocatícios (20% dos R$ 3 milhões originais) solicitados pelo advogado dos postulantes. “No mesmo dia que a então presidente do Tribunal autorizou o pagamento, o advogado foi lá e sacou o dinheiro. Ora, a ação foi anulada pelo STJ para que outra sentença fosse prolatada (proferida). Se não havia sentença, não teria que ter pagamento algum”, diz o promotor.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm-cvmmzltA6ocefftdcaB4O5BObow3ye6gcqtX7GadK8o17FT1uwx9wTq_NXWJCRdbL0BNEcUmfIeXKXjj-av8tHONRefhe6q6fDAk3EN652yqvHNtHMgXV9tPcibqL4bgUXhMOVYj9TO/s1600/revista+Tribunal+%252866%2529.jpg
Albanira Bemerguy

Foi aberto um procedimento contra Albanira Bemerguy no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela corregedora Eliana Calmon. “Mas como a desembargadora se aposentou, o processo foi encerrado no CNJ e encaminhado para o MP para impetrar a respectiva ação de improbidade. Ela responderá a ação como servidora pública aposentada”, diz Medrado.

A ex-presidente do TJE se aposentou em agosto do ano passado. Albanira já se confrontou recentemente com o CNJ: em 2010, o Conselho anulou decisão irregular de efetivação de temporários no TJ-PA em 2008.
Na sua defesa no CNJ, a desembargadora garante que não quis afrontar a Justiça com a sua decisão e que havia uma parte controversa no processo. Além do ressarcimento do valor liberado, Nelson Medrado pede na ação a indisponibilidade dos bens da desembargadora, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa.

DOTE EM LIBERDADE
http://diariodopara.diarioonline.com.br/imagensdb/074019dote2.jpg
Jocicley Braga de Moura, o “Dote”
Já os promotores Firmino Matos, José Maria Costa Jr. e Elaine Castelo Branco querem que a juíza Maria Edwiges Miranda Lobato responda pelo mesmo crime de improbidade. Quando respondia pela 6ª Vara do Juízo Singular da capital, Maria Edwiges teria sentenciado e mandado soltar um criminoso cujo advogado era seu próprio irmão. Para quem não se lembra, ela também autorizou a soltura do megatraficante Jocicley Braga de Moura, o “Dote”, um dos maiores traficantes do Norte e Nordeste.
“Dote” foi colocado em liberdade em 4 de março de 2009 pela então juíza Maria Edwiges Lobato, que respondia interinamente pela Vara de Inquéritos Policiais. Apesar do passado criminoso de Josicley, em seu despacho a magistrada avaliou que ele “tinha bons antecedentes” e por “possuir residência fixa” poderia aguardar o julgamento em liberdade.

O DIÁRIO tentou ouvir na tarde de ontem as acusadas. A Assessoria de Imprensa do TJ-PA informou que como Albanira Bemerguy está aposentada, não teria como localizá-la. O jornal também não conseguiu entrar em contato com a desembargadora Maria Edwiges Lobato, tampouco com seu advogado.

 (Diário do Pará)

Nenhum comentário:

Postar um comentário