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terça-feira, 27 de março de 2012

Memória viva - PCB: 90 anos de muita história




Por Marcos Cesar de Oliveira Pinheiro
 
Não há como analisar a história política do Brasil republicano sem levar em conta a importância da trajetória da esquerda brasileira, entre outros aspectos, do seu papel na construção da democracia e no aprofundamento das noções de cidadania, da sua relação com os movimentos sociais e, mais recentemente, na relação conteúdo programático e experiência de governo. 
 
A rigor, no Brasil, temos um conjunto de tradições diversificadas no campo da esquerda: anarquistas, socialistas, trotskistas e vários outros movimentos de esquerda em nosso país. Não se pode negar, porém, a hegemonia desfrutada pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) na representação dos trabalhadores e nos setores de esquerda, ao longo de boa parte do século XX.


O PCB, fundado em 1922, teve atuação significativa em vários momentos da história contemporânea do país. Para citar alguns exemplos, o Bloco Operário e Camponês (BOC) em 1928/30, o movimento antifascista e a Aliança Nacional Libertadora em 1934/35, a política de União Nacional em 1938/45, a luta pela criação da Petrobrás e a defesa das riquezas naturais da cobiça imperialista nos anos cinqüenta e no combate pela democracia e contra a ditadura militar, implantada em 1964.


Os comunistas brasileiros não se transformaram em heróis todo-poderosos, muito menos em vítimas das circunstâncias. Através da sua ação, em que consciência e vontade aparecem como fatores decisivos na transformação do real, eles atuaram nas condições históricas existentes em cada momento vivenciado. Não obstante seus êxitos e fracassos, como lembra o poeta Ferreira Gullar, “quem contar a história de nosso povo e seus heróis tem que falar dele [o PCB], ou estará mentindo”.


Fundadores do PCB (Niterói, 25/3/1922)
De pé da esquerda: Manoel Cendon, Joaquim Barbosa, Astrojildo Pereira, João da Costa Pimenta, Luis Peres e José Elias da Silva; sentados, da esquerda para a direita: Hermogênio Silva, Abílio de Nequete e Cristiano Cordeiro.

Bancada comunista na Constituinte de 1946
Formada por Luiz Carlos Prestes, Carlos Marighela, Agostinho Dias de Oliveira, Alcedo de Morais Coutinho, Gregório Bezerra, Joaquim Batista Neto, João Amazonas, Maurício Grabois, Alcides Rodrigues Sabença, Claudino José da Silva, Milton Caires de Brito, Jorge Amado, José Maria Crispim, Osvaldo Pacheco e Abílio Fernandes.

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