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segunda-feira, 31 de março de 2014

1964 O ANO DA VERGONHA: FOLHA NÃO SE ARREPENDE. ESTADÃO TAMBÉM NÃO

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As velhas coristas não abandonam o palco: o do Golpe.

O editorial da Folha deste 30 de março – “1964” – é histórico.
O subtítulo diz tudo:

“Aos olhos de hoje, apoiar a ditadura militar foi um erro, mas as opções de então se deram em condições bem mais adversas que as atuais”.
Ou seja, o Otavinho, publisher por Direito Divino, como diz o Mino Carta, faria o mesmo que o “seu” Frias.

Daria apoio irrestrito ao Golpe, contrataria funcionários do DOPS como jornalistas e cederia as camionetas do jornal aos torturadores.
O Estadão faz o mesmo.
Na pág. H12 de um caderno especial, há reportagem sobre o papel da Família Mesquita no Golpe.
Foi um apoio incondicional.
Centro de conspiração.

Os Mesquita deram as mãos ao velho amigo Lacerda como reação preventiva: porque Jango ia dar um Golpe varguista, para “instalação de uma republica sindicalista em aliança com os comunistas”.
Julio Mesquita Filho queria uma “limpeza do cenário político”, “cassação de direitos políticos” e apresentou ao primeiro general-presidente uma lista de ministros.
Que o general dispensou.
Depois, veio a “resistência”.


Em combinação com a censura, o Estadão publicava receita de bolos – que as senhoras quatrocentonas reclamavam, porque o bolo “solava” – e poemas de Camões.
E o “seu” Frias, num Golpe de marketing, quando viu a canoa dos militares balançar, empreendeu a campanha de marketing das “Diretas Já”.


Na verdade, a temporada de penitências começou quando as manifestações que insuflou chegaram às portas da Globo Overseas, e ela se sentiu coagida a fazer um mea-culpa esfarrapado.


Esse minueto do PiG não passa de um vaudeville de coristas que se escondem nas dobras da celulite.
E se recusam a deixar o palco do Golpe.


Paulo Henrique Amorim

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