QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, que
busca a reeleição, pediu transparência no processo eleitoral deste
domingo, após votar em uma escola de Quito rodeado por seguranças. Cerca
de 11,6 milhões de equatorianos, dentro e fora do país, votam no pleito
para escolher os novos presidente e vice-presidente, além de 137
congressistas. Observadores de organizações como a União de Nações
Sul-Americanas (Unasul) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) e
mais de 76 mil militares acompanham a eleição.
- Temos que cuidar da transparência do processo para conseguir que
seja a eleição mais inclusiva e transparente da história do país - disse
o presidente, que vai acompanhar a apuração do Palácio Carondelet, sede
do Executivo. - Já há um ganhador (desta eleição), e esse ganhador se
chama Equador. O dia de hoje é motivo de alegria, de verdadeira festa
democrática, festa nacional. Nas mãos dos cidadãos está o futuro do
país.
Milhares de eleitores compareceram aos centros eleitorais das
principais cidades do Equador para votar, em ato obrigatório no país
para todas as pessoas com idades entre 18 e 65 anos. O Conselho Nacional
Eleitoral (CNE) revelou, entretanto, que a entidade detectou uma
tentativa de invasão no sistema eletrônico, mas conseguiu controlar a
situação
- Não posso dar mais detalhes, isso está sob investigação - disse, à Efe, o presidente do CNE, Domingo Paredes.
Além de Correa, disputam a presidência o ex-banqueiro Guillermo
Lasso, o ex-presidente Lucio Gutierrez, o ex-ministro Alberto Acosta,
magnata Álvaro Noboa, o pastor evangélico Nelson Zavala, o ex-vereador
Norman Wray e o advogado Mauricio Rodas.
As últimas pesquisas mostraram que Correa lidera as intenções de voto
com mais de 35 pontos à frente do seu mais rival mais próximo.
Programas sociais para melhora do acesso à saúde, melhoria de estradas e
construção de mais escolas deram ao economista de 49 anos com estudo no
exterior uma forte base de apoio entre os pobres, mas ele também tem
sido duramente apontado como autoritário, por ampliar o poder do Estado
em setores estratégicos, como o petróleo, e por fazer severas restrições
à liberdade de imprensa.
A eleição é vista como um referendo sobre a popularidade do único
presidente que completou um mandato presidencial no Equador nos últimos
20 anos, em um país repetidamente golpeado por crises econômicas e
políticas.
O presidente também quer ganhar a maioria na Assembleia Nacional com
137 assentos, que perdeu após antigos aliados passarem para a oposição.
Isso lhe permitiria aprovar com facilidade novas reformas para
consolidar sua agenda socialista.
Reuters/R1
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