O conselheiro
federal da OAB pelo Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmou hoje (5) que o
ex-deputado Rubens Paiva, morto durante a ditadura militar, foi "mais
uma vítima da crueldade e da covardia de assassinos e torturadores pagos
com o dinheiro público".
A afirmação foi feita após Damous tomar conhecimento da divulgação de relatório da Comissão Nacional da Verdade onde é apontado que o ex-deputado Rubens Paiva foi morto nas dependências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna), no Rio de Janeiro.
A afirmação foi feita após Damous tomar conhecimento da divulgação de relatório da Comissão Nacional da Verdade onde é apontado que o ex-deputado Rubens Paiva foi morto nas dependências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna), no Rio de Janeiro.
Segundo
Wadih, o documento revela uma verdade conhecida desde a morte de Rubens
Paiva: "o parlamentar foi assassinado nas dependências dos órgãos de
repressão" destacando que com a eficiente atuação da Comissão, a verdade
murmurada torna-se verdade oficial. Essa e outras revelações mostram
como foi importante a criação da Comissão da Verdade, ainda que
tardiamente". A divulgação do relatório foi feita pelo coordenador da
Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles.
Cláudio Fonteles |
A versão oficial apresentada pelas
Forças Armadas é a de que Paiva fugiu quando era levado para reconhecer
uma casa no Rio. O documento recém-revelado, porém, com data de 25 de
janeiro de 1971, não faz nenhuma menção à suposta fuga de Paiva, que
segundo o Exército teria ocorrido na madrugada do dia 22 de janeiro.
Para o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, isso desmente a
versão da fuga, sustentada até hoje pelas Forças Armadas.
Fonte: JB
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