As
pesquisas de intenção de voto no Equador estavam certas. O presidente
Rafael Correa conquistou um novo mandato com larga vantagem e ainda no
primeiro turno neste domingo (17/02). Pouco antes do fechamento das
urnas, pesquisas de boca de urna já apontavam o triunfo do líder
equatoriano.
Após a contagem inicial dos votos, e frente à ampla brecha entre o economista e seus adversários, a vitória já era uma certeza. O candidato que mais chegou perto de Correa, Guillhermo Lasso -- que deve ter cerca de 20% dos votos -- reconheceu o resultado.
Após a
divulgação das pesquisas de boca de urna, Correa saiu na varanda do
Palácio Carondelet, onde passou o dia com a família e apoiadores, para
agradecer os votos.
“Nada nem ninguém irá parar essa revolução, estamos fazendo história. Estamos construindo a pátria pequena e a pátria grande. Obrigado pela confiança, nunca lhes faltaremos, esta vitória é de vocês", afirmou, em meio aos gritos de alegria dos milhares de simpatizantes, todos vestidos com a cor verde da Aliança País, coligação governista.
Ele confirmou que não irá se candidatar na próxima eleição equatoriana, em 2017. "É isso que diz a Constituição e penso que é um bom sistema uma só reeleição", afirmou Correa. Eleito pela primeira vez em 2006 no segundo turno com 56,67% dos votos, ele assumiu no ano seguinte, convocou Assembleia Constituinte e, após referendo popular aprovando a nova Carta Magna, convocou nova eleição para 2009, quando foi eleito novamente com 51,99%. A Constituição do país permite apenas uma reeleição imediata.
Guillermo Lasso, do partido Criando Oportunidades, admitiu o triunfo de Correa numa entrevista coletiva em Guayaquil, a cidade mais populosa do Equador. "É de pessoas decentes reconhecer a derrota e é o que estou fazendo esta noite", falou.
Diante dos resultados preliminares, o empresário afirmou: "digo com claridade que me converti no segundo líder político do Equador.
Em entrevista coletiva para a imprensa estrangeira, Correa dedicou sua reeleição ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que faz tratamento contra um câncer em Cuba. "Aproveito a oportunidade para dedicar esta vitória a esse grande líder latino-americano que mudou a Venezuela, comandante Hugo Chávez Frías", disse. O presidente desejou a Chávez "uma pronta recuperação e o melhor dos futuros para sua queridíssima Venezuela. Eu o admiro muito."
Assange
Sobre o caso do fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian Assange, asilado na embaixada do Equador em Londres, Correa disse que o caso deve ser solucionado com rapidez, e que isso depende da Europa.
"O
que existe é uma situação diplomática que tem que ser solucionada o
mais rapidamente possível, e tudo está nas mãos da Europa", disse. "O
Equador fez o que deveria fazer no exercício de sua soberania", insistiu
Correa, defendendo a decisão de proteger Assange, a quem o Reino Unido
não concedeu um salvo-conduto para que deixe Londres.
O presidente equatoriano assinalou que "é um caso que foi analisado profundamente, e ficou evidente que, sim, havia um risco à sua vida. Por esse asilo, não entendemos por que pode existir um problema entre a Grã-Bretanha e o Equador". "Não pode existir um problema por causa de um asilo, isto é neocolonialismo", afirmou Correa.
Dia de eleição
Logo que comecou a votação, às sete da manhã, os eleitores do colégio Sao Francisco, no norte de Quito, esperavam com alvoroco a chegada de Correa, que apareceu uma hora depois da abertura da sessão acompanhado do candidato a vice, Jorge Glas. Ao entrar, o presidente foi aplaudido pelos eleitores. Duas mulheres que se dirigiram ao local somente para vê-lo choraram.
Após a contagem inicial dos votos, e frente à ampla brecha entre o economista e seus adversários, a vitória já era uma certeza. O candidato que mais chegou perto de Correa, Guillhermo Lasso -- que deve ter cerca de 20% dos votos -- reconheceu o resultado.
“Nada nem ninguém irá parar essa revolução, estamos fazendo história. Estamos construindo a pátria pequena e a pátria grande. Obrigado pela confiança, nunca lhes faltaremos, esta vitória é de vocês", afirmou, em meio aos gritos de alegria dos milhares de simpatizantes, todos vestidos com a cor verde da Aliança País, coligação governista.
Ele confirmou que não irá se candidatar na próxima eleição equatoriana, em 2017. "É isso que diz a Constituição e penso que é um bom sistema uma só reeleição", afirmou Correa. Eleito pela primeira vez em 2006 no segundo turno com 56,67% dos votos, ele assumiu no ano seguinte, convocou Assembleia Constituinte e, após referendo popular aprovando a nova Carta Magna, convocou nova eleição para 2009, quando foi eleito novamente com 51,99%. A Constituição do país permite apenas uma reeleição imediata.
Guillermo Lasso, do partido Criando Oportunidades, admitiu o triunfo de Correa numa entrevista coletiva em Guayaquil, a cidade mais populosa do Equador. "É de pessoas decentes reconhecer a derrota e é o que estou fazendo esta noite", falou.
Diante dos resultados preliminares, o empresário afirmou: "digo com claridade que me converti no segundo líder político do Equador.
Em entrevista coletiva para a imprensa estrangeira, Correa dedicou sua reeleição ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que faz tratamento contra um câncer em Cuba. "Aproveito a oportunidade para dedicar esta vitória a esse grande líder latino-americano que mudou a Venezuela, comandante Hugo Chávez Frías", disse. O presidente desejou a Chávez "uma pronta recuperação e o melhor dos futuros para sua queridíssima Venezuela. Eu o admiro muito."
Assange
Sobre o caso do fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian Assange, asilado na embaixada do Equador em Londres, Correa disse que o caso deve ser solucionado com rapidez, e que isso depende da Europa.
O jornalista internacional mais odiado pelas potências ocidentais vai continuar sobre proteção do povo humilde do Equador. |
O presidente equatoriano assinalou que "é um caso que foi analisado profundamente, e ficou evidente que, sim, havia um risco à sua vida. Por esse asilo, não entendemos por que pode existir um problema entre a Grã-Bretanha e o Equador". "Não pode existir um problema por causa de um asilo, isto é neocolonialismo", afirmou Correa.
Dia de eleição
Logo que comecou a votação, às sete da manhã, os eleitores do colégio Sao Francisco, no norte de Quito, esperavam com alvoroco a chegada de Correa, que apareceu uma hora depois da abertura da sessão acompanhado do candidato a vice, Jorge Glas. Ao entrar, o presidente foi aplaudido pelos eleitores. Duas mulheres que se dirigiram ao local somente para vê-lo choraram.
“Sou aposentada e faço exames num hospital que antes caía aos pedacos e agora é moderno, tem bons aparelhos”, explicou emocionada Ruth Guevara.
Após cumprir a obrigação eleitoral, o presidente declarou que quem ganha essa eleição é povo equatoriano. Desejou que as pessoas votassem com amor e responsabilidade. Após sair da escola, Correa resolveu voltar ao local, arrastando uma multidão atrás de si.
O pedreiro José Cristóbal Vela esperou que presidente votasse para entrar na fila da sessão. Contou ao Opera Mundi que trabalhou quinze anos sem previdência social. “Com Correa, os empresários foram obrigados a registrar os empregados. Agora tenho direitos”, disse ele, explicando porque votaria no presidente.
Meia hora depois, escutava-se “democracia, sim! ditadura não”, em coro, no colégio eleitoral. O canto vinha de militantes que acompanhavam Lucio Gutiérrez. Candidado pelo partido SP (Sociedade Patriótica), o ex-presidente equatoriano declarou que o proceso eleitoral “foi desigual, com um candidato que abusou dos recursos públicos com a cumplicidade do CNE [Conselho Nacional Eleitoral]”, referindo-se à Correa.
Gutiérrez disse que, por não confiar na imparcialidade do CNE, o SP faria sua própria contagem dos votos. O ex-presidente admitiu, no entanto, que “se a população quer o continuismo, temos que respeitar a vontade democrática do povo”.
Em entrevista coletiva concedida durante a manhã, a chefe da missão de observadores da Unasul, Ema Mejia, disse que o processo eleitoral começava com normalidade. O próximo relatório sobre a realização das eleições no país deve sair hoje nesta segunda-feira (18/02).
Num ato solidário, dois mil taxistas, policiais e empresas de transporte se uniram para levar voluntariamente pessoas com deficiência aos locais de votação. Dos 135 mil eleitores com deficiência, cerca de 2,6 mil usaram o serviço.
“Ninguém me obriga a ir, mas se tenho direito de votar eu vou”, disse Dona Ema Cruz, cega há um ano devido à diabetes, e recorreu à ajuda dos voluntários para votar, apesar de a obrigação eleitoral ser facultativa para deficientes físicos. “Se o Correa ganha, nós seguimos em frente”, acredita. O marido de dona Ema, Luis Olmedo, tem dificuldade para andar.
Com os programas do governo, ganhou uma cadeira de rodas e um bastão que usa para se locomover. O casal recebe também uma pensão de 50 doláres. Se o resultado das eleições sair como espera, “o [meu] coraçãozinho vai ficar alegre”, brincou seu Luis.
Depois de registrar seu voto, a comunicadora Sonia Franco, eleitora de Alberto Acosta, da Unidade Plurinacional das Esquerdas, disse ter sentimentos mesclados. Por um lado, estava segura de sua escolha, por outro, sentia frustração. “Se o Correa ganhar, ficarei decepcionada e preocupada porque significa que ainda temos uma sociedade conservadora, que prefere um candidato que mantém as aparências, mas não é o que diz”, expressa.
Maria Loor trabalhou durante todo o dia como delegada do partido de Correa nos colégios eleitorais. Contou que foi colega de trabalho do pai do presidente e que conheceu o mandatário equatoriano quando ele tinha apenas seis anos de idade. “Ele era dinâmico, inquieto, mexia na minha máquina de escrever”, lembra a aposentada. “Foi uma surpresa quando soube que ele virou presidente do Equador e tenho orgulho de ver que ele está transformando o nosso país”, afirmou.
Pouco depois das cinco da tarde, com o encerramento da votação e a divulgação das pesquisas de boca de urna, milhares de pessoas se reuniram na frente do Palácio Carondelet, onde uma estrutura, com telões, estava montada, para que os eleitores acompanhassem a apuração dos resultados. Os militantes também festaram em frente à sede do partido Alianca País, onde o presidente deve aparecer após o término da apuração dos votos.
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