Lech Walesa, ex-presidente da Polônia,teme por seus netos... |
É dura a vida dos gays. Na Polônia, o ex-presidente e ex-líder sindical Lech Walesa disse que os deputados homossexuais deveriam se sentar na última fila do Sejm (Parlamento), senão fora dele, porque “representam uma minoria”. O queridinho de Ronald Reagan e do papa João Paulo II – que, nas últimas eleições presidenciais teve formidáveis 1% dos votos – explicitou a jornalistas o que entende por a democracia; para Walesa, a democracia é construída pela maioria e, por isso “pertence” a essa maioria. “Não quero que essa minoria (os homossexuais), com a qual não concordo, mas que tolero (sic!), se manifeste nas ruas e faça virar a cabeça de meus filhos e netos”. E, como se não bastasse, ele tascou: “Sou da velha escola e não penso em mudar. Entendo que há gente diferente, diferentes orientações e que têm direito à sua identidade. Mas que não mudem a ordem estabelecida há séculos (sic!). Nem quero nem ouvir falar nisso. Que façam entre eles, mas deixem em paz a mim e a meus netos." Será que Walesa teme que seus filhos e netos sejam enrustidos e, sob influência dessa minoria, saiam do armário?
Como diria Lombroso: olha o biotipo do sujeito... |
Enquanto isso, na Terra Brasilis, os parlamentares estão em vias de aprontar mais uma. Historicamente presidida por políticos ligados às lutas democráticas, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados corre o risco de ser presidida por um deputado homofóbico e racista, o pastor evangélico Marco Feliciano, do Partido Social Cristão (PSC, conhecida legenda de aluguel). Isso porque um acordo de lideranças estabeleceu que o PSC presidiria a Comissão. Esse parlamentar ficou conhecido por suas posições reacionárias não apenas em relação aos homossexuais, mas também às mulheres e aos negros. Em 2011, por exemplo, ele escreveu em seu Twitter que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime, a (sic) rejeição” e também que os negros descendiam de “ancestral amaldiçoado por Noé”. Questionado por jornalistas, o pastor não apenas não renegou suas convicções como disse que a comissão ficou hegemonizada pelo movimento LGTB. “Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, pois o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra”, disse o deputado.
Deste sexta-feira (1°) circula nas redes sociais um abaixo-assinado online contra a indicação do religioso que já recebeu milhares de adesões.
Postado por Cláudio Camargo
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