Guerrilheiras soviéticas |
Há 70 anos ocorreu na Ucrânia
uma das maiores expedições punitivas realizadas pelos nazistas durante a II
Guerra Mundial. O episódio, estranhamente esquecido, ficaria conhecido como Massacre de Koriukivka, vilarejo
da Ucrânia onde as tropas SS assassinaram 6.700 habitantes e queimaram suas
casas, em represália às ações dos partisans
soviéticos liderados por Oleksiy Federovych Fedorov (1901-1989). A ironia é
que os invasores alemães tinham sido inicialmente bem recebidos por parte dos
ucranianos oprimidos pelo stalinismo, mas a política de terra arrasada dos
nazistas fez crescer rapidamente o apoio à resistência. O vilarejo de Koriukivka
foi libertado pelo Exército Vermelho dias depois, em 19 de março. Para se
ter uma ideia da tragédia em Koriukivka, o massacre da cidade de Lídice (Tchecoslováquia)
no ano anterior, em represália ao assassinato do general SS Reinhard Heydrich,
custou a vida de 340 pessoas (1.500 em toda a Tchecoslováquia). Já no episódio
das Fossas Ardeatinas, que teve lugar em 24 de março de 1944 em Roma, 335 italianos foram mortos pelos nazistas em represália ao assassinato 33 soldados alemães pelos partigiani.
Oleksiy Fedorov |
Já
Oleksiy Fedorov se tornaria um dos maiores ícones da resistência soviética. Ele
havia lutado em 1920 na Guerra Civil russa nas fileiras do Exército Vermelho e
entrado para o Partido Comunista em 1927. Quando a Alemanha Nazista invadiu a
União Soviética, ele se tornou um dos principais organizadores da resistência
armada. Entre 1941-1942 Fedorov
comandou unidades guerrilheiras que mataram cerca de mil soldados alemães. Suas
unidades guerrilheiras ainda participaram da libertação de outras regiões da
União Soviética. Durante a operação na Central Ferroviária de Kovel, em 1943, seus
partisans destruíram cerca de 500 vagões
de suprimentos alemães, com munição, combustível e equipamentos. Por sua atuação
na resistência antinazista, Fedorov recebeu o título de Heroi da União Soviética
e a Ordem de Lênin.
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